O deputado estadunidense de raízes brasileiras George Santos foi preso nesta quarta-feira (10) em Nova York. O parlamentar tem diversas acusações, dentre elas, lavagem de dinheiro e outros crimes federais e, agora, precisará responder sobre fraude eletrônica, roubo de fundos públicos e por declarações falsas à Câmara dos Deputados, conforme publicou o jornal The New York Times.
George Santos foi detido em Nova York e os detalhes das acusações dão conta de que o político induziu apoiadores a doar dinheiro a ser usado para apoiar sua campanha quando, na verdade, seria para uma empresa quando e para usos pessoal, incluindo roupas de grife de luxo e para pagar seus cartões de crédito.
Apesar da prisão e das acusações, não é novidade de que George Santos já era conhecido por mentir no currículo, por exemplo, antes mesmo de se eleger deputado por NY no ano passado. O próprio ainda tem problemas com a Justiça brasileira, como inquéritos por estelionato tramitando na Justiça do Rio de Janeiro. O deputado, porém, nega.
Apesar de negar os problemas com a Justiça brasileira, Santos admitiu que mentiu sobre ter ascendência judaica, formação em Wall Street, diploma universitário e um histórico como estrela do vôlei. No fim, as acusações apontam o político de agir desta forma com o objetivo de chegar salões do Congresso e enriquecer.
Vale lembrar que George Santos é conservador e republicano, mesmo partido do ex-presidente Donald Trump. O deputado também é abertamente gay, algo raro entre os políticos, principalmente estadunidenses e enfrenta pressão de seus correligionários e eleitores, que já pediram sua renúncia.
“Tomadas em conjunto, as alegações na acusação acusam Santos de confiar em repetidas desonestidades e enganos para subir aos salões do Congresso e enriquecer […] Ele usou contribuições políticas para encher seus bolsos, ilegalmente solicitou benefícios de desemprego que deveriam ter ido para os nova-iorquinos que perderam seus empregos devido à pandemia e mentiram para a Câmara dos Deputados”, disse o procurador dos EUA Breon Peace em um comunicado sobre o caso.
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