Categorias: Brasil

Brasil terá plano de ações pela igualdade racial para os próximos dez anos

O Brasil terá um plano de ações para promover a igualdade racial pelos próximos dez anos, anunciou ontem (22) a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma Lino Gomes. As ações estarão divididas em três eixos – reconhecimento, justiça e desenvolvimento – e deverão começar a ser discutidas com os movimentos sociais em novembro, mês da Consciência Negra.

O plano faz parte da Década Internacional de Afrodescendentes, que se estende até 2024, lançada oficialmente nesta quarta-feira (22) no Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha (Latinidades), em Brasília. A década consta na Resolução 68/237 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Vamos realizar uma série de eventos, seminários e discussões. Vamos também aprimorar políticas voltadas à promoção da igualdade racial”, diz Nilma. Segundo ela, a intenção é estreitar relações com América Latina, Caribe e África: “Precisamos fazer cresce a luta pelos afrodescendentes no mundo”.

No Brasil, os negros são, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, mais da metade da população – 52,9% – soma daqueles que se declaram pretos e pardos. Apesar disso, os dados de educação, equiparação salarial e violência – que mostra jovens negros como as principais vítimas – mostram que ainda há desigualdade racial no Brasil.

“Reconhecemos grandes avanços na sociedade brasileira nos últimos 20 anos, em termos de melhorias na condição material da população negra e também grandes progressos feitos na legislação, no combate à discriminação, incorporação de ações afirmativas e de cotas. Mas é preciso enfatizar o muito que ainda precisa ser feito para reduzir a desigualdade”, diz o coordenador residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek.

Além de um plano próprio, o Brasil terá que cumprir metas globais que, segundo Chediek, estão sendo discutidas no âmbito da ONU e deverão ser definidas nos próximos meses.

“A década está começando e eu acho que o mais desafiador é eliminar o racismo do coração das pessoas e ao mesmo tempo eliminar o racismo da cultura dos países. Reconhecer os afrodescendentes como irmãos, grandes contribuintes, mas também que merecem tratamento diferenciado pelo passivo histórico de exclusão e discriminação que têm sofrido por muitos séculos”, diz o coordenador.

O Festival Latinidades começou ontem (22) e vai até domingo (26). A programação, que inclui palestras, exibição de filmes e shows, está disponível no site www.afrolatinas.com.br

Com informações da Agência Brasil

Laura Santos Braga

Notícias Recentes

Relatório do Cenipa sobre acidente com voo 2283, da Voepass fica pronto em 30 dias

A fase inicial da investigação sobre o acidente com o voo 2283, da empresa aérea…

13/08/2024

Em 60 dias, Sandro Mabel realiza cerca de 50 reuniões para elaboração de plano de governo

O pré-candidato à Prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel (UB) visita, há dois meses, bairros da…

13/08/2024

Em Caldas Novas, pesquisa aponta diferença de apenas 7,8 pontos percentuais entre Marra e Magal

Em Caldas Novas, conforme segundo levantamento feito pelo Instituto Direct Pesquisas, que coletou dados entre…

13/08/2024

“Não houve fraude em momento algum”, reitera Paulo Daher ao ser intimado para depor na Deic

O presidente da comissão metropolitana do Partido Progressistas (PP), Paulo Daher, foi intimado a prestar…

13/08/2024

Número de solicitações de consultas especializadas em Goiânia atende 30% do interior, diz SMS

Durante debate dos candidatos a prefeitura de Goiânia, transmitido pela TV Sucesso Band na última…

13/08/2024

“Psicopata, mentiroso, idiota”, diz Baldy sobre Daher

Após registro de apoio do presidente municipal do PP em Goiânia, Paulo Daher, e retomada…

13/08/2024