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Brasil tem curva epidêmica achatada, mas estacionada em patamar elevado há dois meses

Por 4 anos atrás

O Brasil atingiu em junho um platô na curva de mortes por Covid-19. No dia 4 de junho, o país teve uma média de óbitos de 1.040,57 e, desde então, parou de ter grandes variações, seja para cima ou para baixo. O caso é diferente da maioria dos países, que chegaram a um pico, passaram por uma rápida estabilidade e logo começaram um processo de declínio.

A maior variação para cima foi em 25 de julho, com 1.097 vítimas de média, o que representa 5%. No dia 15 de junho o país apresentou a menor média no período, com 972,29, valor que não chega a 6% de diferença. Epidemiologistas consideram uma epidemia em estabilidade quando ela não varia mais que 15%, para baixo ou para cima.

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Já são 68 dias consecutivos em estabilização, conforme mostram dados de um consórcio de imprensa entre Uol, Estadão, Folha de S. Paulo e veículos do Grupo Globo. A média móvel de óbitos mais recente é de 1.001. Em 56 dias do período, a média esteve acima de 1 mil mortos.

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Um dos motivos que pode explicar o longo platô são as diferenças regionais. Como um país continental, a epidemia de Covid-19 atingiu seu pico em momentos diferentes nos estados. A princípio, estados do Norte, Nordeste, além de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, sofreram mais. Depois, a contaminação e, consequentemente as mortes, aceleraram nas regiões Sul e Centro-Oeste, além de Minas Gerais.

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No balanço mais recente, o país tinha três estados com ascensão na média móvel (RS, SC e MG), 13 estados, incluindo Goiás, e o Distrito Federal num cenário de estabilidade e outros 10 apresentando queda no cenário epidemiológico.

Em coletiva nesta segunda-feira (10), o diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mike Ryan, afirmou que a curva de mortes pelo coronavírus Sars-CoV-2 no Brasil “está achatada, mas não diminuindo”.

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Atualmente, já são 101.136 mortes e 3.035.582 casos confirmados da doença no país.

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Rafael Tomazeti

Jornalista