O país tem “amortecedores robustos” e por isso está menos vulnerável a choques internos ou externos, afirmou o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, nesta sexta-feira (19), em reunião-almoço na sede do banco Santander, em São Paulo.
Ele disse ainda que o Banco Central continuará monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que atuará, sempre que necessário, para manter a plena funcionalidade dos mercados, em linha com o que já havia sido divulgado pelo BC na noite de quinta (19).
Goldfajn falava sobre as medidas de reação da autoridade monetária aos impactos do envolvimento do presidente Michel Temer em escândalos de corrupção. Temer foi gravado por Joesley Batista, um dos donos da JBS, em uma conversa em que concorda com ações ilegais do empresário.
Nesta quinta (18), o Banco Central precisou fazer dois leilões de swap cambial para garantir liquidez ao mercado em meio à escalada do preço do dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia com alta de mais de 8%. A Bolsa brasileira despencou. Nesta sexta, a moeda americana era negociada ao redor de R$ 3,30, em queda de mais de 2%.
O presidente do BC também destacou a ação conjunta com o Tesouro, que programou leilões extras de títulos públicos para garantir a estabilidade do mercado. (Folhapress)