O Brasil fechou o trimestre terminado em setembro com 14,1 milhões de pessoas desempregadas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa é de 14,6% e é uma nova marca recorde para a série histórica. Houve aumento de 1,3% em relação ao segundo trimestre e 2,8% em relação ao mesmo período de 2019.
O IBGE informou que a fila de desemprego ganhou mais 1,3 milhão de pessoas entre junho e setembro. Porcentualmente, houve crescimento de 0,2%.
Conforme o levantamento, o nível de ocupação no país ficou em 47,1%, portanto, menos da metade da população em idade produtiva está ocupada. O contingente de ocupados atingiu mínima histórica de 82,5 milhões de pessoas.
O desemprego é maior entre os jovens, com destaque para a faixa das pessoas de 18 a 24 anos de idade (31,4%). Entre as pessoas pretas, a taxa foi de 19,1%, enquanto a dos pardos foi de 16,5%; a menor taxa foi a dos brancos: 11,8%.
O número de desalentados, que são as pessoas que desistiram de procurar emprego, bateu novo recorde, chegando a 5,9 milhões.
Informalidade cresce
A taxa de informalidade, que era de 36,9% no trimestre anterior, cresceu para 38,4% no trimestre encerrado em setembro. Cerca de 790 mil empregos com carteira assinada foram eliminados, uma queda de 2,6% frente ao 2º trimestre.
Segundo o IBGE, também há taxa de subutilização recorde, com 30,3% (33,2 milhões de pessoas) trabalhando menos do que gostaria.