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Categorias: Brasil
| Em 10 anos atrás

Brasil e Japão firmam parceria

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A presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disseram ontem, após reunião no Palácio do Planalto, que pretendem elevar ao nível de parceria estratégica global as relações diplomáticas entre os dois países, intensificando os contatos de alto nível políticos e econômicos. “Examinamos a trajetória do comércio bilateral que ultrapassou em 2013 a casa dos US$ 15 bilhões e reafirmamos nossa firme determinação de apoiar sua ampliação e diversificação, sobretudo do lado das exportações brasileiras, ainda muito concentradas em produtos básicos”, disse a anfitriã.

Abe lembrou que o Brasil abriga a maior comunidade nipônica fora do Japão e destacou que o país é “potência-chave” no relacionamento com a América Latina. A relação entre os países completará 120 anos em 2015.  Segundo o primeiro-ministro, o mercado brasileiro oferece grandes oportunidades de investimentos e as companhias japonesas veem isso como muita expectativa. Por fim, frisou que os dois países compartilham princípios como a democracia, preservação do meio ambiente e a defesa da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

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A presidenta Dilma disse que pediu ao primeiro-ministro a suspensão do embargo à carne bovina brasileira termoprocessada e agradeceu a abertura do mercado japonês, em 2013, para a carne suína de Santa Catarina. A presidenta relatou que, durante a reunião com o chefe de Governo do Japão, ambos reconheceram a crescente importância do papel da segurança cibernética na agenda global e destacaram o papel da ONU na resolução de conflitos internacionais. Os dois reforçaram à imprensa a importância a reforma da organização, incluindo a reestruturação do Conselho de Segurança.

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Após o encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro, vários atos foram assinados entre os governos dos dois países e também entre empresas e bancos. Entre os governos, foram trocadas cartas de intenção para cooperação mútua sobre questões ambientais e de sustentabilidade relacionadas a desastres naturais, à ciência do mar e à saúde, visando à cooperação em áreas como regulação farmacêutica, sistemas públicos de saúde, políticas e estratégias de promoção de estilos de vida saudável e medicina preventiva.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Japão também assinaram memorando de entendimento para cooperação internacional na promoção de investimentos no Brasil por empresas japonesas de pequeno e médio portes e identificação de projetos de interesse comum.

Na área empresarial, um dos principais acordos foi assinado entre a Petrobras, a Nippon Export and Investment Insurance e o Banco Mizuho, para empréstimo e acordo suplementar de seguro para projeto de construção de plataforma de petróleo, no valor de US$ 500 milhões para a construção de oito cascos de navios-plataforma de petróleo. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Conselho da Ihi Corporation também assinaram memorando de entendimento para cooperação no ensino de engenharia naval na instituição.

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No setor privado, a Amaggi, a Nippon Export and Investiment Insurance e a Sumitomo Mitsui Banking Corporation assinaram acordo de empréstimo e acordo suplementar para projetos agrícolas de produção de soja, milho e outros grãos, no valor de até US$ 200 milhões.

A companhia brasileira Vale e a Japan Oil, Gas and Metals Coorporation firmaram memorando de entendimento para fortalecer a cooperação na área de mineração e finalizar o projeto de Xixano em Moçambique, cooperação em carvão e tecnologia de minas. Com o Banco do Japão, a Vale assinou memorando de entendimento para financiamento de projetos de mineração de ferro, carvão e outros minerais.

Mais cedo, durante encontro, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre Abe e gestores brasileiros e japoneses, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que a empresa estuda fazer investimentos conjuntos com o Japão em Moçambique, como a construção de uma ferrovia de 912 quilômetros de extensão e um porto de água profunda em Nakala. Segundo ele, após a conclusão das obras, o país africano deixará de ser importador de alimentos para se transformar em exportador, estimando investimentos de US$ 9 bilhões nos próximos cinco anos.

Após o encontro no Planalto, Dilma oferece um almoço no Palácio Itamaraty em homenagem ao primeiro-ministro japonês. À tarde, Abe tem agenda na Embaixada do Japão em Brasília. Hoje, em São Paulo, ele se encontrará com a integrantes da comunidade japonesa e com executivos brasileiros e dirigentes de empresas japonesas. Cerca de 1,6 milhão de cidadãos com origem japonesa vivem no Brasil, a maioria no estado de São Paulo. No Japão, está a terceira maior comunidade brasileira fora do país, com quase 200 mil pessoas.

Com informações da Agência Brasil

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