A Casa Branca informou, em entrevista coletiva e com comunicados complementares, os detalhes da doação das primeiras 25 milhões de vacinas contra a covid-19 para outros países. O Brasil foi incluído na lista de países que receberão os imunizantes.
Segundo o coordenador da força-tarefa de combate à covid-19, Jeff Zients, 1 milhão de doses da Johnson e Johnson estão sendo carregadas nesta quinta-feira para a Coreia do Sul. “Esse é só o começo. Esperamos uma cadência regular de embarques para todo o mundo nas próximas semanas”, disse.
Conforme o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, os EUA receberam pedidos de todo mundo. Pelo menos 75% das 25 milhões de doses iniciais de vacinas a serem enviadas – quase 19 milhões – serão compartilhadas por meio da iniciativa Covax. “Isso vai maximizar o número de vacinas disponíveis equitativamente para todos os países e vai facilitar o compartilhamento com aqueles que estão em maior risco.”
Dentre as vacinas doadas via Covax, aproximadamente 6 milhões de doses irão para América Latina e o Caribe, incluindo o Brasil.
Também receberão doses, conforme comunicado da Casa Branca, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti e outros países da Comunidade Caribenha (Caricom), além da República Dominicana.
Ainda dentre as 19 milhões de vacinas doadas via Covax, aproximadamente 7 milhões de doses vão para o Sul e Sudeste Asiático e aproximadamente 5 milhões para a África.
Os 25% remanescentes, que equivalem a pouco mais de 6 milhões, serão compartilhados diretamente com países que estão passando por surtos, em crise e outros parceiros e vizinhos, incluindo Canadá e México. Também serão destinadas vacinas a locais com necessidades urgentes como Índia e Gaza.
Segundo a Casa Branca, nos próximos dias os EUA vão coordenar com a Covax e os países que receberão a vacina nos embarques.
A Casa Branca reforçou ainda que, até o fim do junho, os EUA irão compartilhar 80 milhões de doses da sua oferta de vacinas com o mundo.
Letícia Pakulski, Estadão Conteúdo