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Categorias: Esportes
| Em 6 anos atrás

Brasil derrota Argentina com gol nos acréscimos e segue 100% pós-Mundial

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Não é motivo para empolgação, mas o Brasil continua 100% após a Copa do Mundo. Nesta terça (16), a seleção obteve seu mais expressivo resultado pós-mundial ao derrotar a Argentina por 1 a 0. O gol foi marcado pelo zagueiro Miranda aos 48 do 2º tempo.

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A partida foi realizada em Jedá, na Arábia Saudita. Na sexta (12), o Brasil havia derrotado os donos da casa por 2 a 0.

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A CBF ficou com um troféu oferecido pelos organizadores da excursão, que resolveram que as partidas entre Brasil, Argentina, Arábia Saudita e Iraque configuravam um torneio.

À exceção da questão financeira, é discutível o benefício dos amistosos na nação do Oriente Médio. A seleção foi criticada por atuar no país acusado de sequestrar e assassinar o jornalista oposicionista Jamal Khashoggi e ignorar o assunto.

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Pelos dois jogos, a CBF faturou cerca de R$ 6 milhões.

A temperatura era de 31 graus, mas a sensação térmica chegou a 37, o que fez com o que o árbitro parasse a partida no primeiro tempo para os jogadores se hidratarem. Serve como exemplo de como poderá ser a temperatura durante os confrontos da Copa do Mundo de 2022, que serão realizados no Qatar.

O torneio acontecerá no final do ano pela primeira vez na história e não entre junho e julho, no verão europeu.

Com liberdade em campo, Neymar atuou de maneira parecida com a que desempenha nesta temporada pelo Paris Saint-Germain (FRA): centralizado, mais como meia-atacante. Ele buscou o jogo, mas não conseguiu finalizar bem os lances. 

O Brasil criou pouco, mas quase anotou com Miranda. Foi seguido pela Argentina, que teve apenas uma oportunidade, em cobrança de falta de Dybala.

Com o interino Lionel Scaloni no comando e sem a maior parte dos chamados “históricos” (veteranos de outras Copa do Mundo), os adversários do Brasil pelo menos mostraram aplicação defensiva que não foi vista no Mundial da Rússia, há quatro meses. Dybala tentou, sem grande sucesso, desempenhar o papel de Lionel Messi como ponto central das jogadas ofensivas.

Com poucos lances agudos, chamou mais a atenção as chegadas violentas nas duas seleções. Paredes acertou o tornozelo de Neymar e fez com que o camisa 10 tivesse de sair de campo para ser atendido. Philippe Coutinho devolveu a gentileza e acertou Icardi.

Se para Tite o amistoso tinha o propósito de manter o entrosamento da mesma base que foi a à Copa do Mundo, tinha bem mais relevância para Scaloni. Ele sonha em ser efetivado como treinador da sua seleção. Se isso acontecer, uma porta pode ser abrir para atletas que quando a Argentina era comandada por Jorge Sampaoli, não tinham chance ou confiança. Como o zagueiro Pezzella, o volante Battaglia e o meia Dybala. Este último foi à Rússia mas como técnico acreditava que o meia-atacante da Juventus (ITA) era reserva de Messi, quase não entrou em campo.

Para o Brasil, a partida tinha valor para nomes que ainda tentam se firmar com a camisa amarela, como o volante Arthur e o atacante Richarlison. Este aliás, perdeu boa chance aos 23 do 2º tempo, ao chutar para fora cruzamento rasteiro de Neymar. Na sequência, Arthur acertou voleio defendido por Romero.

Foi o primeiro amistoso de porte do Brasil depois da eliminação na Copa do Mundo diante da Bélgica. A partir do torneio, houve amistosos (e vitórias) contra Estados Unidos, El Salvador e Arábia Saudita. A Argentina ganhou de Guatemala e Iraque e empatou com a Colômbia.

Com as mudanças nas duas equipes após o intervalo, a equipe de Tite passou a tomar conta do jogo a partir dos 20 minutos. Aos 38, falta cobrada por Casemiro desviou na barreira e quase entrou antes de Miranda definir a vitória nos acréscimos. Após cobrança de escanteio de Neymar, o zagueiro se antecipou ao goleiro Romero e mandou de cabeça para o gol.
 
BRASIL

Alisson; Danilo (Fabinho), Marquinhos, Miranda, Filipe Luís; Casemiro, Arthur, Philippe Coutinho; Neymar, Gabriel Jesus (Richarlison), Roberto Firmino. T.: Tite

ARGENTINA

Romero; Saravia, Otamendi, Pezzella, Tagliafico (Acuña); Battaglia, Paredes, Lo Celso (Salvio); Dybala (Lautaro Martínez), Angel Correa (Pereyra), Icardi (Giovanni Simeone). T.: Lionel Scaloni

Estádio: King Abdullah, em Jedá (Arábia Saudita)

Juiz: Felix Brych (Alemanha)

Cartões amarelos: Miranda, Neymar (Brasil); Angel Correa, Lo Celso, Paredes, Saravia (Argentina)

Gols: Miranda, aos 48min do segundo tempo

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