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Categorias: Empresas e Negócios
| Em 6 anos atrás

Brasil apresentou redução no número de acidentes de trabalho em 2017

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Dados levantados pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do MPT revelaram que agentes químicos, máquinas e equipamentos são os principais motivadores dos 700 mil acidentes de trabalho que ocorrem por ano em todo Brasil. Em um período de seis anos – de 2012 a 2017 – foram registrados mais de 4 milhões de acidentes e, segundo a média, a cada 48 segundos ocorre um acidente no país. Esses casos resultaram na morte de quase 16 mil pessoas. Apesar dos dados alarmantes, em 2017, esse número apresentou uma queda.

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O Observatório constou que foram registradas 574 mil comunicações de acidentes de trabalho no último ano. Em 2016, foram 585 mil, cerca de 2,8% a mais do que o ano seguinte. Apesar da queda, os dados são contestados por quem vive o dia a dia da Segurança do Trabalho. “Muitos casos de acidentes no trabalho não são divulgados. Se formos analisar com mais cuidado, é possível ver que esses acidentes são bem comuns”, pondera Emília Fernandes, técnica em Segurança do Trabalho.

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Proporcionar um ambiente de trabalho saudável fisicamente e mentalmente é um dos desafios dos gestores, mas com o investimento em profissionais especializados é possível amenizar ainda mais essas estatísticas e promover a qualidade de vida nas instituições. “Onde existe trabalho, existe a necessidade de um especialista em Segurança do Trabalho”, defende Fernandes.

Os benefícios da redução do número de acidentes dentro de uma empresa são muitos. Acidentes de trabalho já geraram um custo de R$ 26 bilhões para a Previdência, que foram gastos com benefícios acidentários, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio- acidente, concedidos no período de seis anos, sem considerar o estoque de anos anteriores pagos no mesmo intervalo.

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No estado de São Paulo, foi registrado o pagamento de mais de 436 mil auxílios-doença por acidente do trabalho no período. O impacto previdenciário dos afastamentos da localidade alcançou a marca de R$ 4 bilhões, com a perda de mais de 70 milhões de dias de trabalho. Porém, o estado também apresentou dados positivos em relação a diminuição de acidentes de trabalho. Em 2012, foram 616 acidentes de trabalho com morte. Já em 2017, esse número caiu para 447, uma queda de 27,4%.

Segundo o artigo 19 da Lei nº 8.213/91, que diz respeito aos acidentes de trabalho, a principal responsabilidade das empresas é oferecer um ambiente seguro aos seus funcionários. Com o intuito de estar dentro das normas, algumas empresas oferecem um treinamento admissional apropriado para cada função que será exercida dentro da instituição. Segundo as leis trabalhistas brasileiras, não existe um prazo estabelecido sobre quanto tempo deve durar esse treinamento de funcionários.

A Kubo Engenharia é um exemplo de empresa que se preocupa com a segurança dos seus colaboradores. Desde sua fundação que a segurança do trabalho faz parte da rotina da instituição, que está há mais de mil dias sem registro de ocorrência. “A nossa meta é zero acidente”, assegurou Isabelli Vieira, gerente de Sistema Integrado de Gestão da Kubo.  Segundo ela, a empresa possui um política de gestão que se preocupa em cumprir objetivos estabelecidos de segurança, qualidade e meio ambiente. “Visamos a prevenção da saúde e segurança dos colaboradores e da sociedade, prevenção dos riscos ambientais e da poluição, melhoria contínua da empresa, qualidade nos serviços realizados e atendimento a legislação vigente”, destaca.

A Kubo Engenharia também tem a preocupação de alertar os seus funcionários sobre os cuidados que eles precisam ter na hora de executar alguma atividade. “Informamos aos trabalhadores os meios de prevenção, com treinamentos, diálogos e informativos. Além disso, fazemos um acompanhamento das atividades realizadas por uma equipe de profissionais de segurança em cada obra que executamos”, acrescenta Vieira.

Mercado da Segurança do Trabalho

O profissional de Segurança do Trabalho atua na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e é uma figura estratégica para todas as organizações que buscam aumentar a produtividade e garantir a saúde dos seus trabalhadores. As suas principais funções são investigar, encontrar, analisar e recomendar medidas que protejam e controle acidentes no ambiente das empresas. Além disso, criar e executar programas de prevenção que incentivem os colaboradores sobre os riscos de acidentes.

A profissão vem crescendo regularmente e sendo bastante procurada por quem gosta de trabalhar com pessoas. O profissional que escolhe essa graduação tem uma ampla área de atuação. Em geral, trabalha em fábricas de alimentos, construção civil, hospitais, empresas comerciais e industriais e também pode atuar na área rural em empresas agroindustriais. O curso também está na lista dos 10 mais procurados no segmente técnico, isso porque a profissão oferece boas perspectivas e oportunidades no mercado. 

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