O boxeador Hebert Conceição conquistou a medalha de ouro na categoria dos pesos médios (até 75 quilos) nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao vencer, neste sábado, o ucraniano Oleksabdr Khyzhniak, por nocaute técnico, a 1min29 do terceiro assalto.
Hebert, de 23 anos, natural de Salvador, repete o feito de Robson Conceição, campeão olímpico na Rio-2016. O boxe brasileiro volta ao ringue da Kokugikan Arena, neste domingo, a partir das 2 horas (de Brasília) com Beatriz Ferreira, que vai disputar também a final, na categoria dos leves (até 60 kg), com a irlandesa Kellie Harrington.
Além de Robson, Bia e Hebert Conceição, o boxe brasileiro soma mais cinco medalhas em olimpíadas. Servílio de Oliveira foi bronze no México-1968, depois Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo subiram no pódio em Londres-2012. Robson Conceição foi campeão na Rio-2016 e Bia luta por mais um pódio, enquanto Abner Teixeira ficou com bronze entre os pesados em Tóquio.
Como se esperava, o ucraniano foi para o ataque desde o primeiro gongo. Encurtou a distância e não deixou Hebert se movimentar. Com isso, aplicou mais golpes e venceu os dois rounds para os cinco jurados. A disputa foi para o terceiro e último assalto com o brasileiro precisando de um nocaute para vencer a luta.
E o golpe salvador veio a 1min29 com um cruzado de esquerda espetacular de Hebert. O juiz Muhammad Arisa Putra Pohan, da Indonésia, paralisou o duelo. No boxe olímpico, os juízes são muito cautelosos e não deixam que o lutador seja castigado. Por isso, os nocautes são raros.
Como o golpe entrou de forma muito precisa e o ucraniano caiu imediatamente, o juiz nem abriu contagem e já decretou o nocaute técnico. No profissional, com certeza, o duelo teria prosseguimento.
(Conteúdo Estadão)