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Bombeiros fazem buscas por quatro turistas que sumiram em caverna de Terra Ronca

Por 3 meses atrás

O Corpo de Bombeiros está fazendo buscas por quatro turistas desaparecidos desde a noite de domingo (30) em uma das cavernas do complexo espeleológico do Parque Estadual de Terra Ronca. O parque fica em São Domingos, na região Nordeste de Goiás. Os desaparecidos são quatro rapazes que visitavam uma das cavernas.

Os bombeiros da 10ª Companhia Independente de Bombeiros Militar, em Posse, foram acionados por volta das 19h de domingo. Eles foram comunicados que o grupo tinha iniciado a visitação sem acompanhamento de guia, por volta das 14h. Como eles estavam apenas com celulares, e não voltaram com a chegada da noite, a namorada de um dos turistas decidiu pedir socorro.

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Drones estão ajudando

Segundo divulgou o Corpo de Bombeiros, uma equipe composta por bombeiros, auxiliados por guias locais, realizou buscas intensivas na caverna e nas áreas adjacentes até a meia-noite, sem sucesso. A operação de busca e salvamento foi retomada às 5h desta segunda-feira.  Os bombeiros estão utilizando drones para fazer varreduras aéreas na região.

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Local exige guias e cuidados

O complexo de Terra Ronca possui cerca de 200 cavernas, a maioria de grande beleza e diversidade. Explorar o local, entretanto, exige acompanhamento especializado de guias locais, preparo físico, equipamentos adequados, como lanternas de mão e de capacete, calçados adequados, e alimentos.

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Algumas das cavernas têm acesso reduzido e podem alagar em algumas épocas do ano. Até mesmo a maior delas, em termos de abertura (boca da caverna) a que dá nome ao parque, Terra Ronca, está sujeita a riscos.

Em dezembro de 2011, os bombeiros de Posse tiveram de fazer uma delicada operação de resgate de um espeleólogo francês que fraturou o pé dentro de uma das cavernas do parque. Para se ter ideia do nível de dificuldade, do ponto onde a viatura do Corpo de Bombeiros podia chegar até o local onde estava a vítima foram gastos cerca duas horas de caminhada. Foi necessário transpor uma mata fechada. Depois eles desceram em um cânion utilizando técnicas de rapel.

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Além disso, como mostra o blog do Grupo Pierre Martin de Espeleologia, os bombeiros e guias fizeram uma caminhada de aproximadamente 500 metros dentro da caverna, transpondo um rio e passando por pontos extremamente estreitos. A vítima foi retirada de maca.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.