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Categorias: Brasil
| Em 6 anos atrás

Bolsonaro trabalha em sinergia com ministros, diz porta-voz

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O porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro trabalha em “sinergia” com seus ministros para construção de uma proposta de reforma da Previdência.
A fala do general ocorre horas depois de o vice-presidente, Hamilton Mourão, ter dito em Brasília que Bolsonaro divergia do ministro Paulo Guedes (Economia) sobre a possibilidade de igualar a idade mínima para homens e mulheres.
“O presidente está avaliando os pontos da Previdência que serão elencados para análise do Congresso em sinergia com os ministros envolvidos no tema para em seguida apresentar qual que é a sua decisão, qual que é a linha final em relação ao Poder Legislativo”, disse Rêgo Barros.
A declaração foi feita no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde Bolsonaro está internado há nove dias, após passar por uma cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal.
O general evitou falar em uma data para a apresentação de uma proposta para as regras de aposentadoria, mas disse que isso deve ocorrer o quanto antes. 
“Ele compreende também a importância do timing, com relação a essa apresentação e está trabalhando para que isso possa ser feito num prazo menor possível”, disse. 
Segundo o porta-voz esse tema exige muita análise e ponderação e disse que o governo espera que o Congresso aprove a reforma “de forma consensual e democrática”.
Em Brasília, Mourão disse que o governo pretende concluir o texto do projeto até o final desta semana e enviá-lo ao Legislativo na próxima.
As mudanças nas regras da aposentadoria foram tema de discussão em reunião ministerial em Brasília, conduzida pelo vice.
O governo nega que uma minuta divulgada na segunda-feira (4) pelo jornal O Estado de S. Paulo seja a versão final da proposta. 
Entre outros pontos, o texto trazia a previsão de igualar a idade mínima para aposentadoria para homens e mulheres em 65 anos.
Segundo Mourão, Guedes seria favorável à igualdade para pessoas de ambos os sexos, mas Bolsonaro, contra. 
“O Guedes, na visão dele, é todo mundo igual. Não é isso que se busca hoje? A igualdade? Mas o presidente não concorda. O decisor é ele. Ele que foi eleito. Nós aqui somos atores coadjuvantes”, disse.
Mais cedo, em entrevista, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que Guedes trabalha com quatro ou cinco textos sobre a reforma e que a palavra final será do presidente.
Ainda em recuperação da cirurgia, Bolsonaro está impedido com visitas restritas e deve evitar falar para que isso não prejudique a cicatrização.
Os médicos do Einstein ainda não têm uma data prevista para alta, mas segundo o porta-voz, isso não deve ocorrer antes de segunda-feira (11), quando será encerrado um tratamento com antibióticos para evitar infecções. (TALITA FERNANDES, BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.