A rodada de sabatinas do Jornal Nacional com os candidatos à presidência da República nas eleições 2022, começa nesta segunda-feira (22). Em meio as polêmicas entre o presidente e a emissora, a assessoria de Bolsonaro confirmou sua presença, portanto, ele será o primeiro candidato a ser entrevistado.
Os cinco candidatos que apresentaram melhores colocações na pesquisa divulgada pelo Datafolha no dia 28 de julho foram os convidados pela a emissora. Sendo eles: Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet e André Janones (Avante), que em seguida retirou a sua candidatura. Ciro Gomes (PDT) participará na terça (23); Lula na quinta (25); e Simone Tebet na sexta (26).
Crítico assumido da TV Globo desde as eleições de 2018, quando se candidatou pelo PSL, em agosto do mesmo ano ele participou das sabatinas e foi entrevistado por 27 minutos. Além de da polêmica assumida com a própria emissora, na ocasião, Bolsonaro fez declarações que dividiram a opinião do público.
Assuntos como o ”Kit gay”, o salário da apresentadora Renata Vasconcellos, que também foi um dos tópicos polêmicos na época, inclusive, por um rápido momento, a apresentadora e o presidente esboçaram uma discussão em relação ao salário dela e de William Bonner.
A discussão entre a jornalista e o presidente, se aflorou no momento em que ele foi questionado sobre o que faria para reduzir a desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil. Logo, Bolsonaro compara o salário da apresentadora com o de William Bonner, que segundo o presidente seria maior que o dela, apesar de serem co-apresentadores do telejornal.
“Eu estou vendo aqui uma senhora e um senhor, eu não sei ao certo, mas com toda certeza há uma diferença salarial aqui, parece que é muito maior para ele do que para a senhora. São cargos semelhantes, semelhantes, são iguais…”, afirmou Bolsonaro.
Renata o interrompe e afirma: “O meu salário não diz respeito a ninguém”, pontuou a jornalista. “Posso garantir ao senhor, que como mulher, não aceitaria receber salário menor que um homem”, completou.
Ainda durante a sabatina em 2018, Bolsonaro aproveitou o momento para criticar a emissora e funddor Roberto Marinho. Ao falar sobre sua escolha como vice na época, Hamilton Mourão, que é general da reserva e seria uma “referência” para um militarismo no governo, o presidente relembrou que Marinho defendeu a ditadura militar.
“Eu fico com Roberto Marinho, o que ele declarou no dia 7 de outubro de 1984. (…) Repito a pergunta aqui: Roberto Marinho foi um ditador ou um democrata?”, questionou Bolsonaro a Bonner.