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Categorias: Brasil
| Em 5 anos atrás

Bolsonaro responde à críticas de Bachelet citando pai torturado na ditadura chilena e ataca: ‘Ela defende direitos humanos de vagabundos’

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Na entrevista coletiva que Jair Bolsonaro costuma dar nas manhãs na porta do Palácio da Alvorada não poupou críticas a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet que hoje ocupa a cadeira de alta emissária na Comissão de Direitos Humanos, da ONU. Ela disse que o governo Bolsonaro está causando um “encolhimento do espaço democrático no Brasil”. O presidente da República não gostou da crítica e nesta quarta-feira (04/09) atacou: “Ela tá defendendo direitos humanos de vagabundos”, disparou.

Sobrou até para o pai de Michele, Alberto Bachelet, preso na ditadura chilena em 1974 e morto em decorrência do regime militar na prisão. “Se não fosse o pessoal do Pinochet derrotar a esquerda em 73, entre eles o seu pai, hoje o Chile seria uma Cuba. Eu acho que não preciso falar mais nada pra ela”, concluiu rindo.

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O presidente da República ainda rememorou o confronto que teve com o presidente francês. Para Bolsonaro, após ‘perderem’ a “briga na agenda ambiental”, agora estão mirando a agenda de Direitos Humanos. “Eles perderam a briga na agenda ambiental, igual o Macron quis fazer com nossa soberania aqui. Agora, ela vai na agenda de direitos humanos. Tá acusando que eu não tô punindo. Que policiais estão matando muita gente no Brasil”

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As críticas só pararam quando um outro repórter que participava da coletiva mudou o assunto, mas não antes de Bolsonaro disparar: “Quando tem gente que não tem o que fazer, como a senhora Michelle Bachelet, vai lá pra cadeira de Direitos Humanos da ONU.”

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Na sequência da entrevista, mais ao final da manhã, Bolsonaro também se posicionou no Facebook sobre o assunto. Postou uma foto de Bachelet ao lado das ex-presidentes Dilma Rousself e Cristina Kirchner, do Brasil e Argentina, respectivamente.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.