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| Em 3 anos atrás

Bolsonaro responde a Ciro e Cid Gomes e nega interferência na PF: ‘não existe isso aí’

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta quinta-feira que tenha encomendado à Polícia Federal as operações de busca e apreensão em endereços do pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE), realizadas ontem.

“Vou avisar aquela dupla do Ceará, que vive metendo o dedo na cara de todo mundo, todo mundo é ladrão, todo mundo é corrupto. Tiveram visita no dia de ontem. Estão me acusando. Eu não tenho como interferir na PF, não existe isso aí”, declarou Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais, sem citar nominalmente os irmãos Ferreira Gomes. “Essa operação começou em 2017, não tem nada a ver comigo. Vou dizer a dupla do Ceará: a partir do mês que vem tem mais 670 policiais federais na rua”, acrescentou o presidente.

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Ciro e Cid foram alvo da Operação Colosseum, que apura supostas fraudes e pagamento de propinas a políticos e servidores públicos nas obras no Estádio Castelão, em Fortaleza, entre os anos de 2010 e 2013. À época, Cid era governador do Estado e Ciro não exercia cargos públicos. Os dois negam os fatos e classificam as ordens de busca e apreensão como abusivas e a mando de Bolsonaro, já que Ciro é pré-candidato a presidente.

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Bolsonaro ainda voltou a citar a suposta articulação de Deltan Dallagnol (Podemos) nos bastidores para ser indicado à Procuradoria-geral da República (PGR). De acordo com o chefe do Executivo, o ex-procurador da Lava Jato teria feito chegar um recado à primeira-dama Michelle sobre sua intenção. “Minha esposa não se intromete em nada de política. Raramente ela fala alguma coisa de política, até porque ela tem vida atribulada no programa como é o nome? Pátria Voluntária”, declarou o presidente, que só lembrou o nome do programa após a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, “assoprar” a resposta.

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Tradicionalmente iniciada às 19 horas, a live de hoje começou mais cedo, às 18 horas, com a participação de Major Vitor Hugo, pré-candidato ao governo de Goiás e deputado federal pelo PSL, e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

O adiantamento foi feito para o presidente poder participar de culto na Assembleia de Deus em ação de graças pela posse de André Mendonça como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A transmissão ao vivo, inclusive, foi feita diretamente da Igreja da Baleia, onde acontece agora o ato evangélico. (Por Eduardo Gayer/Estadão Conteúdo)

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.