O presidente da República, Jair Bolsonaro publicou no Twitter na manhã desta quarta-feira (31/07) um vídeo de um trecho de uma coletiva que dava à imprensa. Ele voltou a falar sobre o atentado que sofreu no período eleitoral do ano passado. Na legenda que acompanhava o vídeo, Bolsonaro escreveu: “A defesa do Adélio [Bispo, autor da facada] o induziu a passar por maluco. A pena agora é perpétua num manicômio judicial”.
Ele também fez uma ilação da facada com os vazamentos publicados por sites como o The Intercept, Veja e Folha de São Paulo, possivelmente adquiridos por meio de um ataque hacker. “Tu acha que a facada do Adélio foi um maluco? Agora tem um maluco no meio dos hacker também.”
Ele explica que não recorreu da decisão, pois se recorresse ele ganharia. “Ele seria julgado, pegaria uma pena que não é homicídio, seria tentativa de homicídio, talvez daqui 1 ano ou 2, estaria na rua, como eu não recorri agora ele é maluco até morrer”, pontuou o presidente.
Na legenda ele ainda se coloca a disposição para que o próprio Adélio ou algum familiar queiram “abrir o jogo” ele está a disposição. “Afinal, como o caso Celso Daniel, a história pode se repetir para Adélio e seus comparsas”.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>- A defesa do Adélio o induziu a passar por maluco. A pena agora é perpétua num manicômio judicial. Se algum familiar, ou o próprio, quiser abrir o jogo comigo, estou a disposição, afinal, como o caso Celso Daniel, a história pode se repetir para o Adélio e seus comparsas. <a href=”https://t.co/vWgjtVUZmU”>pic.twitter.com/vWgjtVUZmU</a></p>— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) <a href=”https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1156539188814241792?ref_src=twsrc%5Etfw”>July 31, 2019</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Caso Celso Daniel
Bolsonaro rememorava o Caso Celso Daniel que por três mandatos foi prefeito em Santo André, na região do ABC Paulista. Em 2002 ele foi sequestrado e após dois dias desaparecido seu corpo foi encontrado com 11 tiros. O inquérito policial apontou que a morte de Daniel foi um “crime comum”. Sua família, no entanto, acredita que o assassinato teve motivações políticas.
Quem passou a sustentar essa versão foi o irmão do então prefeito, João Francisco Daniel que afirmara que Celso Daniel havia descobrido um sistema de corrupção conduzido por seu partido, o PT e estava preparando um dossiê para publicizar a denúncia. O documento nunca apareceu e segundo os que sustentam a versão, desapareceu após o assassinato.
A versão é questionada por muitos, pois João Francisco havia rompido tanto politicamente como pessoalmente com o irmão. Desde então, diversas teorias conspiracionistas se originaram e versões para agradar as mais variadas correntes ideológicas criadas.