Em resposta a questionamentos de países europeus sobre a gestão das riquezas naturais da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem, sábado (28/07), durante cerimônia de formatura de paraquedistas no Rio de Janeiro, que busca parcerias “no primeiro mundo” e, em especial com os Estados Unidos, para a exploração do território amazônico brasileiro.
“O senhor presidente da França [Emmanuel Macron], a senhora Merkel [chanceler da Alemanha] queriam que eu voltasse para cá [depois da reunião do G20], demarcando mais 30 reservas indígenas, ampliando reservas ambientais. Isso é um crime. Só de reserva indígena já temos 14% tomados aqui no Brasil. Na Reserva Ianomâmi, são 9 mil índios e tem o dobro do estado do Rio de Janeiro. É justo isso? Terra riquíssima. Se junta com Raposa Serra do Sol é um absurdo o que temos de reservas minerais ali. Estou procurando o primeiro mundo para explorar essas áreas em parceria e agregando valor. Por isso, a minha aproximação com os Estados Unidos”, disse Bolsonaro.
Durante o discurso, na cerimônia de formatura, o presidente já havia abordado o assunto. “O Brasil é nosso. A Amazônia é nossa. A Presidência é do povo brasileiro. Povo esse ao qual devo lealdade absoluta”, disse, ao reafirmar que está cumprindo promessa feita durante a campanha eleitoral, de “colocar o Brasil no local destaque que ele merece. É declarar nossa verdadeira independência, e é lutar para o bem de todos”, finalizou.