O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) parece mesmo ter largado a pecha que vinha adotando de uma pessoa ‘paz e amor’. Ontem (23/08) falou no seu desejo em encher a cara de um jornalista de porrada. Nesta segunda-feira (24/08) voltou à atacar os profissionais da imprensa e disse que é mais fácil que a categoria morra pela covid-19, do que ele. “Quando pega [o coronavírus] num bundão que nem vocês, a chance de sobreviver é bem menor”.
O presidente da República antes de fazer o ataque rememorava um episódio que lhe rendeu uma condecoração do Exército: a Medalha do Pacificador com Palma. “Eu até mandei meu ajudante de ordem pegar essa medalhinha aqui. Isso aqui é porque eu salvei a vida de uma pessoa um dia, diferentemente da atividade dos senhores”, pontuou.
O episódio que lhe rendeu à medalha foi ter, em 1978, salvado a vida de um soldado em uma oficina de cordas. “[Ele caiu numa lagoa que tinha mais ou menos 2 metros e meio de profundidade. É pouca coisa. Mas dois metros e meio é isso aqui [apontando com a mão]. Mas eu consegui era um jovem aspirante do Exército Brasileiro, tinha 23 anos. Sempre fui atleta das Forças Armadas”, pontuou.
Na sequência Bolsonaro abre um parênteses para falar sobre a imprensa e desferir o ataque. “Aquela história de atleta, né? Que o pessoal da imprensa vai pro deboche, mas quando pega num bundão de vocês a chance de sobreviver é bem menor. Só sabem fazer maldade e usar a caneta com maldade, em grande parte. Tem exceções como aqui o Alexandre Garcia. A chance de sobreviver é bem menor do que a minha”, disparou.