O advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Amador da Cunha Bueno, confirmou que o ex-presidente, que já saiu do depoimento à Polícia Federal (PF), ficou em silêncio durante todo tempo sobre tentativa de golpe de Estado. Ele foi chamado nesta quinta-feira (22) e o depoimento durou cerca de 15 minutos. “O presidente já saiu, fez o uso do silêncio conforme a defesa antecipou”, disse Bueno.
Ainda de acordo com a defesa de Bolsonaro, o silêncio foi devido a eles não terem tido acesso a todos os elementos da investigação como o acesso à delação do tenente-coronel do Exército Mauro Cid. Por fim, Paulo Bueno ainda afirmou que o ex-presidente não cometeu nenhum delito e disse ainda que Bolsonaro “não teme nada porque não fez nada”.
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Apesar disso, além do ex-presidente, utras 22 pessoas, incluindo ex-ministros e militares, foram intimadas a prestarem depoimento, todas hoje. Até então, estão ou estiveram na sede da PF os ex-ministros Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que chegou a ser preso por porte ilegal de arma, em Brasília, há duas semanas, na quinta-feira (8).
De acordo com a PF, os 23 depoimentos foram marcados para ocorrer de forma simultânea nesta tarde. 14 ocorrem em Brasília, quatro no Rio de Janeiro, dois em São Paulo, um no Paraná, um em Minas Gerais, um em Espírito Santo e o último no Mato Grosso do Sul.
Ao longo da semana, os advogados de Bolsonaro argumentaram que ele não prestaria depoimento até ter acesso integral às provas do processo. O ex-presidente e sua defesa tentaram conseguir autorização do Supremo Tribunal Federal para não depor. O ministro Alexandre de Moraes negou o pedido.