O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) voltou a dar tom apocalíptico para a campanha ao chamar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de capeta e disparar que o petista quer ‘impor o comunismo’ em solo brasileiro. A declaração foi dada nesta terça-feira (13/09) num discurso em Sorocaba, no interior paulista.
A um público repleto de apoiadores, Bolsonaro aumentou o tom nas críticas contra o ex-presidente Lula. Além de ter o chamado de ‘capeta’, disse que o petista foi uma ‘liderança mundial em corrupção’ e que nada deixou de bom ao país.
“Eu agradeço a Deus pela minha segunda vida. Agradeço a ele também pela missão que ele [se referindo a Deus] me deu, me colocar na Presidência da República. Temos o mal pela frente. O capeta pela frente, que quer impor o comunismo no nosso Brasil. Uma pessoa que foi liderança mundial em corrupção. Uma pessoa que nada deixou de bom para o nosso país”, disparou.
As críticas continuaram com Bolsonaro apelando para os laços familiares. “Um ex-presidente que nunca respeitou a família brasileira”, pontuou. O discurso continuou com o presidente dizendo confiar na reeleição e só passando o bastão da presidência para alguém ‘na mesma linha nossa’.
“Tenho certeza que mais quatro anos e entregando lá na frente para outra pessoa na mesma linha nossa. Nós faremos a diferença no cenário mundial. O Brasil é um país fantástico. Eu agradeço a Deus por ter nascido nesse pedaço de terra maravilhoso”, pontuou.
Bolsonaro chegou a dizer que se perdesse eleições, abandonaria política
A declaração que aumenta o tensionamento do período eleitoral a menos de três semanas das eleições vem após o próprio presidente da República, reconhecer que, caso perdesse, entregaria a faixa presidencial e se aposentaria da política. A afirmação foi ontem (12/09) em participação a um podcast cristão.
“Se essa for a vontade de Deus eu continuo. Se não for, a gente passa a faixa e eu vou me recolher porque com a minha idade eu não tenho mais nada a fazer aqui na terra se acabar a minha passagem pela política em 31 de dezembro no corrente ano”
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) deu sinais de que respeitará o processo democrático caso não leve a reeleição ao fim do processo eleitoral. A declaração foi dada nesta segunda-feira (12/09) em participação no podcast cristão Collab.
“Se essa for a vontade de Deus eu continuo. Se não for, a gente passa a faixa e eu vou me recolher porque com a minha idade eu não tenho mais nada a fazer aqui na terra se acabar a minha passagem pela política em 31 de dezembro no corrente ano”, destacou aos apresentadores. No mesmo horário, seu principal concorrente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, concedia entrevista ao jornalista William Waack na CNN.
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Jair Bolsonaro tem dito sempre que respeitará o processo democrático se as eleições ‘forem limpas’, mas já deu declarações contundentes que poderia tomar outras atitudes com relação às eleições em 2022. Repetidas vezes, disse que apenas Deus o tira da presidência da República.
Seus ataques às urnas eletrônicas colocando dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro tem sido constantes. Mas não apenas.
Jair Bolsonaro também tem desferido críticas aos institutos de pesquisa que fazem levantamentos periódicos acerca da intenção de voto do eleitor brasileiro. O atual presidente da República tem aparecido atrás em pelo menos sete empresas de pesquisas apesar de concentrar suas críticas ao Datafolha.