Na manhã desta quinta-feira (29), o governo do Distrito Federal em ação conjunta com o Exército deram início a uma ação para desmontar estruturas vazias no acampamento de bolsonaristas em frente ao QG de Brasília. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, que acompanhou toda a movimentação, manifestantes acampados se juntaram no local para evitar o desmonte e xingavam integrantes do governo do DF. Pedras foram atacadas, e pessoas chutaram alguns carros.

Segundo o governo do DF o objetivo era tentar, com isso, incentivar a desmobilização de manifestantes que estão no local desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL). Com discurso golpista, manifestantes pedem intervenção militar e falam em impedir Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de tomar posse.

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Algumas barracas foram desmontadas ainda nesta manhã, mas a orientação passada tanto ao governo quanto ao Exército, é que não voltem ao local para evitar confrontos.

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Até esta quarta-feira (28), o acampamento funcionava com duas cozinhas, banheiros químicos, barracas, tendas e até tomadas para carregar o celular. Além disso, há cartazes espalhados informando que o acampamento aceita doações.

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Já outros cartazes com frases como: “Intervenção militar com Bolsonaro no poder”, “Socorro Forças Armadas” e “Presidente Bolsonaro, acione as Forças Armadas contra a fraude eleitoral” também continuavam expostos no local.

Na noite do último domingo (25), O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse, em uma postagem nas redes sociais, que “acampamentos ‘patriotas’ viraram incubadoras de terroristas”.

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Nesta terça-feira (27), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse que negocia com o Exército para acelerar a desmobilização de acampamentos.

De acordo com Ibaneis, cerca de 40 barracas já foram retiradas e a expectativa é que, até o próximo domingo (1º), dia da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), haja uma redução na quantidade de manifestantes que rejeitam os resultados das eleições de outubro e permanecem no local. “A gente espera que essa desmobilização ocorra de forma natural.”

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