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Categorias: Economia
| Em 7 anos atrás

Bolsa tem maior alta mensal desde janeiro e dólar cai mais de 5% em julho

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O período de recesso parlamentar em Brasília e o mês positivo para as commodities levaram a Bolsa brasileira à maior valorização mensal desde janeiro. Já o dólar recuou mais de 5% em julho, refletindo o enfraquecimento da moeda americana no exterior e um cenário mais tranquilo no país.

O Ibovespa, índice das ações mais negociadas da Bolsa brasileira, fechou nesta segunda-feira (31) em alta de 0,65%, para 65.920 pontos. No mês, o avanço foi de 4,8%.

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O dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,51%, para R$ 3,119 -a desvalorização mensal foi de 5,88%. O dólar à vista teve baixa de 0,50%, para R$ 3,128. O recuo mensal foi de 5,39%.

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Julho foi um mês de volume reduzido tanto na Bolsa quanto no mercado cambial, em decorrência das férias de investidores no Hemisfério Norte. O recesso do Congresso também contribuiu para esvaziar a agenda de notícias, colaborando para a redução da aversão de risco no Brasil.

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Na Bolsa, parte da valorização pode ser atribuída ao cenário positivo para as commodities no exterior. Os preços do minério de ferro subiram 13,5% no mês, colaborando para a alta das ações da Vale. Nesta segunda, os papéis mais negociados da mineradora avançaram 2,78%, para R$ 29,17. As ações ordinárias subiram 3,16%, para R$ 31,30. Em julho, as valorizações acumuladas foram de 8,4% e 7,9%, respectivamente.

Os futuros de minério de ferro na China dispararam quase 8% nesta segunda, atingindo o limite de alta de negociação e registrando a melhor performance diária desde novembro de 2016, em meio a inspeções ambientais em siderúrgicas chinesas e sinais de fortalecimento da demanda.

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O preço do petróleo também se recuperou no exterior. O barril do Brent, de Londres, subiu 9,9% em julho. O WTi, dos Estados Unidos, avançou 9%. As ações mais negociadas da Petrobras tiveram alta de 1,22%, para R$ 13,29. Os papéis ordinários ganharam 1,17%, para R$ 13,80. Os avanços mensais foram de 7,4% e 4,6%, respectivamente.

“A Bolsa aqui ainda carece de uma solução do cenário político para voltar a confiança”, afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

“Pelo lado da economia, a gente tem um mercado andando bem, uma resposta do mercado à queda da taxa de juros, à inflação ancorada. A gente está saindo da recessão e procurando uma retomada. É um cenário positivo, mas não aceleramos por causa do lado político, que demanda uma atenção pela área fiscal, na questão da reforma da Previdência”, ressalta.

No setor financeiro, o de maior peso no Ibovespa, os papéis do Itaú Unibanco subiram 0,59%. O banco divulga nesta segunda o balanço do segundo trimestre.

As ações preferenciais do Bradesco avançaram 1,48%, e as ordinárias subiram 1,34%. O Banco do Brasil teve avanço de 0,49%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil recuaram 0,39%.

Dólar

O dia foi de formação de Ptax no mercado cambial, taxa que referencia os contratos cambiais. Mesmo assim, a moeda americana encerrou o mês com forte desvalorização, acompanhando o enfraquecimento do dólar no mundo.

Entre as 31 principais divisas, 24 ganharam força em relação à moeda americana.

“Os investidores têm uma visão, do banco central americano e dos bancos centrais em geral, de que eles continuam demandando um programa de incentivo, o que necessariamente vai deixando o dólar mais fraco no mundo inteiro”, diz Figueredo.

As preocupações com a política americana também colaboram para o enfraquecimento do dólar. O presidente americano, Donald Trump, está enfrentando dificuldades para aprovar pautas no Congresso do país. A disputa mais recente tem relação com a proposta de reforma do sistema de saúde americano.

A prolongada disputa quanto ao sistema de saúde desacelerou os demais objetivos políticos de Trump, entre os quais uma reforma tributária e projetos de investimento em infraestrutura.

O CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote) recuou 2,08%, para 209,7 pontos -no mês, o recuo foi de 13,5%. (Folhapress)

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