Com uma segunda-feira de poucas notícias nos campos econômico e político, a Bolsa brasileira subiu, e o dólar terminou o dia em queda. Investidores locais aguardam o início da votação da cassação da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O Ibovespa avançou 0,35%, a 65.211 pontos, em um primeiro ensaio de recuperação após terminar março em queda. O movimento foi contrário ao registrado no cenário externo. As principais Bolsas americanas e europeias terminaram o dia no vermelho.
O índice brasileiro foi sustentado pela valorização da Petrobras e pelas ações do setor financeiro. As ações preferenciais (mais negociadas) da estatal avançaram 1,24%, a R$ 14,67, enquanto os papéis ordinários ganharam 1,12%, a R$ 15,32.
No segmento financeiro, a alta foi liderada pelo Itaú, com ganho de 1,68%, e pela Cielo, que subiu 2,79%. Bradesco, Banco do Brasil e Santander também registraram ganhos.
No campo negativo, a Vale chegou a perder 2% durante o pregão, mas diminuiu perdas. As ações preferenciais caíram 0,77%, a R$ 27,99, enquanto as ordinárias recuaram 1,07%, para R$ 29,47.
O dólar terminou o dia em baixa, acompanhando parte de moedas emergentes e contrariando notícias que tendem a impulsionar a divisa americana. Durante a tarde, um dos diretores do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) disse esperar mais duas altas nas taxas de juros do país.
Quando os juros americanos sobem, investidores tendem a migrar investimentos para lá, em busca da remuneração maior com risco menor.
O dólar à vista (usada em operações do mercado financeiro) terminou o dia em baixa de 0,43%, a R$ 3,1155. O dólar comercial (referência em operações de comércio exterior) cedeu 0,51%, a R$ 3,1150.
No mercado de juros futuros, aumentam as apostas para a queda uma queda ainda mais agressiva da Selic (taxa básica de juros da economia) na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da próxima semana.
Segundo economistas ouvidos pelo Banco Central, a Selic deve encerrar o ano em 8,75%. Há uma semana, as apostas eram de 9%.
O contrato de juros futuros com vencimento em janeiro 2018 caiu de 9,87% para 9,82%. Já o vencimento para 2026 cedeu de 10,23% para 10,18%. (Folhapress)