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Categorias: Economia
| Em 7 anos atrás

Bolsa renova recorde e fecha pouco abaixo de 76 mil pontos; dólar sobe

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O bom humor dos investidores levou a Bolsa brasileira a bater novo recorde nesta segunda (18) e a flertar com o patamar de 76 mil pontos. No final da tarde, porém, o mercado perdeu força e fechou pouco abaixo da marca histórica.

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O dólar seguiu o exterior e ganhou força ante o real, com a reunião do banco central americano já no radar.

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O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, subiu 0,31%, para 75.990 pontos. Na máxima, a Bolsa atingiu 76.403 pontos, na primeira vez em que o indicador superou os 76 mil pontos. O volume negociado no dia foi de R$ 14,5 bilhões, acima da média diária do ano, de R$ 8,2 bilhões. O giro foi ampliado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 4,98 bilhões.

O dólar comercial fechou em alta de 0,64%, para R$ 3,136. O dólar à vista terminou o dia estável a R$ 3,128.

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A valorização da Bolsa teve como influência fatores domésticos, com revisões positivas de indicadores econômicas, e externas, acompanhando os recordes registrados pelos índices americanos.

Pela manhã, os agentes de mercado consultados pelo Banco Central melhoraram as perspectivas para a economia brasileira. A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano foi mantida em alta de 0,6%, mas a de 2018 foi revisada de 2,1% para 2,2%.

A perspectiva para a taxa de juros para 2018 recuou de 7,25% para 7%, e a previsão de inflação recuou para 3,08% em 2017 e para 4,12% no próximo ano.

“Agora vai ser todo dia assim, um recorde atrás do outro”, afirma Marco Saravalle, analista da XP Investimentos. “Aqui não temos grandes notícias, apesar de o mercado continuar otimista com cenário político-econômico interno, com as revisões positivas para o Focus. Todos os indicadores mostram otimismo com a atividade econômica”.

O otimismo no exterior também influenciou o mercado doméstico nesta segunda. Os indicadores Dow Jones e S&P 500 atingiram recordes nesta sessão, enquanto os investidores aguardam a reunião do banco central americano que começa nesta terça e vai até quarta.

Um aumento nos juros nos Estados Unidos deve impulsionar as ações do setor financeiro, com perspectiva de aumento do lucro dos bancos. O reunião também é aguardada para que o mercado tenha uma sinalização de como o Federal Reserve (Fed) vê a evolução da economia americana.

Ações

Os papéis da JBS lideraram as baixas do Ibovespa, com queda de 3,95%. A baixa ocorreu após o conselho de administração da empresa escolher José Batista Sobrinho, conhecido como Zé Mineiro, para o cargo de diretor executivo.

Ele vai substituir Wesley Batista no comando do grupo, após a prisão do empresário na última quarta (13).

Fundador da JBS e pai de Joesley e Wesley Batista, Zé Mineiro deve continuar como diretor executivo até abril de 2019, quando terminaria o mandato de Wesley Batista e da atual diretoria. A leitura dos investidores é que a escolha de Zé Mineiro perpetua o controle da família na empresa, enquanto o mercado aguardava uma gestão profissional na companhia.

As ações da Petrobras fecharam com sinais mistos, em dia sem definição dos preços do petróleo no exterior. Os papéis mais negociados da estatal terminaram estáveis em R$ 15,04. As ações ordinárias subiram 0,96%, para R$ 15,73.

A mineradora Vale também teve uma sessão de sinais distintos, com queda de 0,51% dos preços do minério de ferro no exterior. Os papéis ordinários subiram 1,33%, para R$ 34,25. As ações preferenciais recuaram 1,68%, para R$ 31,52.

No setor financeiro, o Itaú Unibanco subiu 0,71%. As ações preferenciais do Bradesco avançaram 0,86%, e as ordinárias recuaram 0,77%. O Banco do Brasil teve alta de 1,38%, as units -conjunto de ações- do Santander Brasil se valorizaram 0,07%.

A maior alta do Ibovespa ficou com as ações da Usiminas, que subiram 7,14%. As ações da CSN se valorizaram 3,41%. “A alta siderurgia é muito forte, vem de 40 a 50 dias atrás, mostrando uma recuperação econômica local”, afirma Saravalle.

Dólar

A valorização do dólar se deu entre as principais moedas mundiais. Das 31 divisas mais importantes, a moeda americana ganhou força ante 26.

Os investidores aguardam a reunião do banco central americano, embora a expectativa seja de manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos na faixa entre 1% e 1,25% ao ano, afirma Reginaldo Galhardo, gerente da Treviso Corretora.

“Os dados não têm vindo muito bons. O mercado já espera um novo adiamento do aumento de juros”, afirma.

O Banco Central rolou novo lote de 12 mil contrato de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimento em outubro. Até agora, já rolou US$ 1,2 bilhão dos US$ 9,975 bilhões que vencem no mês que vem.

O CDS (credit default swap, termômetro de risco-país) recuou 0,53%, para 178 pontos, no menor nível desde 9 de dezembro de 2014.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. O DI para janeiro de 2018 recuou de 7,605% para 7,585%. A taxa para janeiro de 2019 recuou de 7,520% para 7,440%. (Folhapress)

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