O dia negativo para os mercados de risco contagiou a Bolsa brasileira, que recuou cerca de 1,08% nesta quinta-feira (6). Por aqui, investidores redobram cautela com incerteza política. O dólar avançou, mas segue ao redor de R$ 3,30.
Pela manhã, o jornal “Folha de S.Paulo” noticiou que Eduardo Cunha trabalha em proposta de delação premiada. A colaboração com a Justiça ocorreria de forma complementar a do doleiro Lúcio Funaro. Ambos devem envolver o presidente Michel Temer nas suas colaborações.
O recuo da Ibovespa ocorreu a 62.470 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,903 bilhões.
As principais ações que compõem o índice recuaram neste pregão. O destaque positivo ficou com os papéis das companhias ligadas ao setor elétrico, devido ao anúncio de novas regras do setor.
Os papéis preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 0,49%, a R$ 12,15, enquanto os ordinários recuaram 0,99% R$ 12,93.
Os papéis ordinários da Eletrobras avançaram 16,14%, a R$ 15,83. As ações da Copel subiram 3,34%, a R$ 25,39. A Cemig avançou 2,76%, para R$ 8,55.
O CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, espécie de seguro contra um calote do país, avançou para 244,65 pontos.
A moeda americana avançou ante o real, mas com intensidade menor que a registrada no começo do pregão.
“De manhã, o mercado estava mais nervoso com o cenário político, mas à medida que o dia foi passando e o noticiário não trouxe nada forte, aliviou a pressão”, comentou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
O dólar à vista, que fecha mais cedo, encerrou a R$ 3,3082 (+0,01%). O dólar comercial ganhou 0,18%, a R$ 3,3010.
Os juros futuros recuaram. O vencimento janeiro de 2021 saiu de 9,98% para 9,97%. O contrato para janeiro de 2018 saíram de 8,81% para 8,805%. (Folhapress)