Ao ganhar o Nobel de Literatura na manhã de quinta (13), Bob Dylan se tornou o 113º artista a ser laureado com o prêmio maior das letras, que existe desde 1901.
Nesses 116 anos, houve 109 prêmios. Ficam de fora os anos de 1914, 1918 e 1935 -edições em que a Fundação Nobel julgou não haverem nomes de relevância-, e 1940, 1941, 1942 e 1943 -devido à Segunda Guerra, período em que “menos prêmios foram atribuídos”, segundo a fundação.
Se houve anos em que não foram escolhidos vencedores, em quatro ocasiões o prêmio teve de ser dividido: em 1904, entre Frédéric Mistral e José Echegaray; em 1917, entre Karl Gjellerup e Henrik Pontoppidan; em 1966, entre Shmuel Agnon e Nelly Sachs; e em 1974, entre Eyvind Johnson e Harry Martinson. Nesses casos, a Academia Sueca julgou ambos os nomes de cada ano igualmente relevantes, e o valor do prêmio foi dividido meio a meio.
Já houve, ainda, ocasiões em que recusaram o prêmio maior da literatura. Em 1958, por pressão da União Soviética, Boris Pasternak declinou o Nobel. Seis anos depois, Jean Paul-Sartre recusou o prêmio, pois não era afeito a honrarias oficiais.
Dos 113 laureados, apenas 14 são mulheres. No século 21, contudo, a proporção é mais favorável: em 16 anos, cinco mulheres receberam o Nobel de Literatura: Elfriede Jelinek em 2004, Doris Lessing em 2007, Herta Müller em 2009, Alice Munro em 2013 e Svetlana Aleksiévitch em 2015.
Doris Lessing, aliás, foi a pessoa mais velha a receber um Nobel. Tinha 88 anos em 2007. Já o mais jovem foi Rudyard Kipling -em 1907, contava 41 anos.
Aos 75 anos, Bob Dylan é uma década mais velho que a média dos ganhadores do Nobel de Literatura, que é de 65 anos.
(Folhapress)