O Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente, está em busca de fundos de investimentos interessados em negócios que sejam sustentáveis do ponto de vista social, ambiental e econômico.
A ideia é ajudar no fomento de empresas que possam gerar mais trabalho e renda na Amazônia, a fim delas ganharem escala em produção e independência financeira a longo prazo.
Uma das iniciativas neste sentido acontece nesta sexta (16), na capital paulista, com um fórum promovido para atrair 200 representantes de fundos, empresas privadas e empreendedores do setor.
No evento, o banco pretende tirar dúvidas sobre como as companhias podem ter acesso ao Fundo Amazônia, que concede recursos não reembolsáveis, e como investidores privados podem investir de forma direta nos negócios.
“Queremos ser a ponte entre empresas bem estruturadas da região, com investidores de impacto e possíveis empreendedores do setor para discutir como viabilizar novos investimentos”, diz Marilene Ramos, diretora de infraestrutura e gestão socioambiental do BNDES.
Atualmente, metade dos R$ 3,2 bilhões do Fundo Amazônia está aportada em 96 projetos, a maioria deles voltados a atividades de produção que preservam a biodiversidade amazônica, como a pesca de pirarucu e a extração de sementes para a fabricação de cosméticos.
O próprio fundo tem ainda disponível R$ 1,6 bilhão para financiar outros negócios que contribuam para a prevenção e combate ao desmatamento e tenham alto potencial econômico.
Criado há dez anos, o principal mantenedor da linha de crédito é o governo da Noruega, com apoio também da Alemanha, sob a condição do Brasil preservar a floresta amazônica.