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BNDES empresta R$ 8,7 milhões a fazendeiros autuados por crimes ambientais no Cerrado

Por 2 anos atrás

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem empréstimos que totalizam R$ 8,7 milhões a fazendeiros que foram autuados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por crimes ambientais no Cerrado.

A informação é de uma reportagem, do portal UOL, assinada pelo jornalista Leonardo Sakamoto. De acordo com ele, se fosse na Amazônia, o aporte financeiro seria inviabilizado, porque o Manual de Crédito Rural do Banco Central proíbe empréstimos a fazendeiros com embargos vigentes no bioma.

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Contudo, no caso do Cerrado, não há qualquer tipo de veto. A modalidade de financiamento em questão é a conhecida como indireta automática, em que intermediários são os responsáveis por garantir que clientes cumpram os padrões exigidos pelos bancos parceiros do BNDES.

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Um desses padrões estabelece que não deve ser concedido “crédito à pessoa jurídica ou física que cometa algum crime ou irregularidade jurídica”. No entanto, segundo a reportagem, instituições financeiras como Santander, Bradesco, Sicredi, Banco de Lage Landen Brasil falham na fiscalização.

Na semana passada, dados divulgados pelo Prodes Cerrado, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que, no bioma, o desmatamento estimado em 2022 foi de 10.689 km², a maior área desmatada nos últimos sete anos e um crescimento de 25% em relação a 2021.

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ATUALIZAÇÃO – Após publicação dessa matéria, a assessoria de imprensa do Sicredi entrou em contato com o Diário de Goiás e enviou a seguinte nota, reproduzida na íntegra:

O Sicredi realiza todas as verificações socioambientais necessárias para a concessão de cada operação de linha de crédito em áreas do Bioma Cerrado. Reforçamos ainda que cumprimos rigorosamente a legislação vigente, adotando as melhores práticas do mercado em relação às políticas socioambientais do Brasil e ao gerenciamento de riscos de nossas operações.

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