Goiânia – A série de protestos dos caminhoneiros já afeta vários setores da economia em Goiás. A Central de Abastecimento (Ceasa), em Goiânia, por exemplo, registrou a falta de alguns alimentos provenientes de outros Estados ou do interior, que acabaram barrados nas estradas. Mas o que chama mais a atenção na Ceasa é a alta nos preços.
A caixa de tomate de 22 quilos, por exemplo, saltou de menos de R$ 30,00, no início da semana, para R$ 90,00, podendo ser encontrada até por R$ 120 nesta quinta-feira, 26.
Sem transporte, a estocagem de grãos também já está ameaçada, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária (Faeg). A chegada de ração para alimentar aves e suínos igualmente foi comprometida. O Sindiposto, que representa os postos de combustíveis, alerta para o risco de desabastecimento nas cidades goianas. Para agravar, a Federação da Indústria de Goiás (Fieg) informa que já há falta de matéria-prima para indústrias de fármacos, de automóveis e para as mineradoras.
Às 8h30 desta quinta-feira, 26, foi fechada novamente a BR-364, em Mineiros, no Sudoeste, segundo informou a Polícia Rodoviária Federal. Em Itumbiara, a barreira na BR-153 na divisa com Minas Gerais impediu até a noite de quarta-feira, 25, o tráfego de cargas nos dois sentidos. O bloqueio só foi suspenso porque houve duas liminares da Justiça Federal no início da noite, após mais de 30 horas de estrada fechada nesse ponto e mais de 12 horas de bloqueio da BR-153 na Região Metropolitana de Goiânia. A multa por descumprimento é de R$ 1 mil por hora de interrupção. Isto não impediu que o alvo de hoje fosse a BR-364, no Sudoeste.
O faturamento das empresas de transporte já sofre queda sensível, como aponta o empresário Rivas Rezende da Costa, da transportadora Quick Logística, em entrevista publicada nesta quinta-feira, 26, no jornal O Popular. Apenas por esta empresa, 4 mil toneladas de produtos, variando de alimentos a têxteis, não chegaram aos destinos ontem.
Ele disse que o prejuízo registrado ontem era de 21% sobre o faturamento diário. Caminhões da empresa ficaram até cinco dias presos em barreiras em Fortaleza (CE).
(Estadão Conteúdo)
Veja vídeo do líder do movimento de caminhoneiros que paralisa estradas em todo o país, Ivar Schmidt. Ele fala que não houve acordo com o governo. Segundo Ivar, a classe estava em reunião com secretários no Palácio do Planalto, em Brasília, quando houve a informação de que um acordo tinha sido firmado:
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