O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, informou nesta sexta-feira (26) que apenas serviços essenciais poderão funcionar na capital mineira a partir da próxima segunda-feira (29). O sistema hospitalar sob pressão e a crescente no número de casos de Covid-19 balizaram a decisão da prefeitura.
Segundo os dados mais recentes, cerca de 90% dos leitos para a doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2 estão ocupados em Belo Horizonte. Além disso, nesta quinta-feira (25), o município bateu recorde diário de mortes pela doença, com 14.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a ocupação dos leitos de UTI subiu de 45%, no início do mês, para 85% nesta sexta-feira (26). A taxa dos leitos de enfermaria também subiu de 41% para 69%. Outro fator determinante é a situação de Unidades de Pronto Atendimento, nos Centros de Saúde e a sobrecarga do Samu.
“A compreensão de que nós estamos em guerra é o que faltou a muita gente. Quando eu disse que nós estávamos em guerra, vocês estavam aqui. Eu nunca vi fazer churrasco em prédio em guerra. Eu nunca vi correr em guerra”, afirmou Kalil.
Belo Horizonte vivia um processo de flexibilização paulatina, iniciado há cerca de um mês. Durante o anúncio, o prefeito pediu desculpas por precisar voltar atrás e arriscar a economia. “”Estamos voltando humildemente atrás. A culpa é toda do prefeito, que está matando a economia, o comércio. Mas tem uma coisa que vou preservar até o último dia: é a vida”, ponderou.