Economia

BC inicia implementação do open banking; entenda o que é e como funciona

O Banco Central começou a implementar nesta segunda-feira (1) o open banking. O novo sistema vai possibilitar que ferramentas comparem produtos e serviços e, segundo o BC, aumentará a competitividade entre os bancos e vai melhorar a oferta aos clientes.

O open banking surge na esteira do PIX, serviço de pagamentos e transferências instantâneas que passou o funcionar no fim do ano passado. Ainda existem, porém muitas dúvidas do que é esse novo sistema.

De acordo com o BC, o open banking é um conjunto de regras e tecnologias que vai permitir o compartilhamento de dados e serviços de clientes entre instituições financeiras por meio da integração de seus respectivos sistemas.

Pelas regras, as empresas bancárias serão obrigadas a compartilhar informações de um cliente para outra instituição, caso o usuário assim consentir. Vale destacar que esse compartilhamento não se dá por aplicativo ou produto. Os clientes poderão pedir para suas instituições financeiras compartilharem seus dados, se assim desejarem, por meio dos aplicativos já existentes das respectivas instituições.

“É importante ter em mente que a disponibilização de dados por parte dos consumidores gera um valor para as instituições financeiras, em termos de informação. Com a implementação do open banking, uma parte desse benefício será revertido para quem disponibiliza os dados, ou seja, para os próprios consumidores”, afirmou o presidente do BC, Campos Neto.

Novos produtos e serviços devem surgir a partir do desenvolvimento do Open Banking no país, mas sempre seguindo o conjunto de regras estabelecido para a criação do conceito.

Países como o Reino Unido e a Austrália já utilizam esse programa. A Índia também já passou a implementá-lo.

Fases

O sistema será implementado em fases. Neste primeiro momento, o open banking tem como alvo as outras instituições financeiras ou de pagamento, desenvolvedores, potenciais fintechs e acadêmicos, visando à criação dessas plataformas e de novos modelos de negócios. Os dados estão disponíveis nos sites de cada banco.

Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o open banking é uma das iniciativas de uma agenda mais ampla da instituição, que visa criar o “sistema financeiro do futuro”. Essa agenda inclui ainda o sistema de pagamentos instantâneo (Pix) e a modernização da legislação cambial.

“Um importante objetivo da atuação do Banco Central é tornar o sistema financeiro nacional mais eficiente, moderno e promover a democratização dos serviços financeiros através da tecnologia”, disse Campos Neto, durante evento virtual de lançamento.

A terceira fase do sistema está prevista para 30 de agosto, com o início de serviços de pagamentos e de encaminhamento de propostas de crédito, e a quarta fase, para 15 de dezembro, com a ampliação de produtos e serviços financeiros integrados na infraestrutura do open banking, operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta, entre outros.

Quais as vantagens?

O novo sistema, expicam especialistas, se baliza no seguinte fundamento: os dados do consumidor são de sua propriedade e não do banco ao qual ele está vinculado.

A ideia é combater o que se chama de assimetria de informações. Um cliente, por exemplo, pode ter conta em determinado banco que o classifica como mau pagador. Em caso de requerer crédito em outra instituição financeira, pode ter dificuldade, uma vez que esse segundo banco não terá dados suficientes para verificar a capacidade de pagamento da pessoa, pois o primeiro banco é quem detém as informações completas. Com pouco embasamento, a instituição financeira tende a negar empréstimos.

O cliente fica, então, dependente da instituição na qual tem conta e sujeito às suas taxas, o que incentiva ainda mais a já alta concentração bancária no país.

O Open Banking pretende reduzir essa barreira de entrada, democratizando não só os empréstimos, mas diversos tipos de produtos financeiros, para que os bancos, fintechs, instituições de pagamentos, possam compartilhar as informações entre eles e o cliente tenha o direito de escolher qual instituição oferece as melhores condições para cada serviço financeiro.

Com o novo sistema, a ideia é permitir que o cliente possa escolhar acessar crédito em um banco com melhor taxa, fazer investimentos numa corretora com baixa taxa de corretagem e cartão de crédito numa terceira instituição que não cobra anuidade, por exemplo.

As informações sobre as instituições participantes, a disponibilização dos dados e especificações técnicas estão disponíveis no portal do Open Banking.

Redação / Diário de Goiás

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