O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve a taxa de juros nesta quarta-feira (2) e expressou confiança de que o recente aumento da inflação para nível próximo à meta de 2% será sustentada, mantendo o curso para elevar os custos de empréstimo em junho.
O comitê que decide os juros no Fed também minimizou a desaceleração recente no crescimento da economia e na geração de empregos, informando que a atividade tem se expandido com ritmo moderado e ganhos do mercado de trabalho, em média, têm sido fortes em meses recentes.
Em comunicado ao final dos dois dias de reuniões de política monetária, o Fed informou que a inflação “foi para perto” de sua meta e que “em 12 meses ela deve ficar perto do objetivo do Comitê de 2% no médio prazo”.
A decisão do Fed de manter a taxa de empréstimo na faixa entre 1,5% e 1,75% foi unânime. Os investidores já haviam descartado outro aumento nessa reunião, depois que o Fed elevou os juros em março.
A confiança do Fed no cenário econômico também foi destacada por sua afirmação de que o investimento em ativos fixos das empresas continuou crescendo fortemente. Ele acrescentou que os riscos para as perspectivas parecem equilibrados, removendo referência anterior a “riscos no curto prazo”.
O presidente do Fed, Jerome Powell, tem afirmado que o banco central buscará uma postura comedida em relação à política monetária, continuando a elevar gradualmente os juros diante de uma economia robusta que ainda não impulsionou a inflação.
Mas dados divulgados na segunda-feira mostraram que a alta dos preços está agora efetivamente na meta de 2% do Fed após anos abaixo desse objetivo.
A medida de inflação preferida do Fed subiu 1,9% nos 12 meses até março, maior aumento desde fevereiro de 2017, depois de subir 1,6% no ano até fevereiro, informou o Departamento do Comércio.
Autoridades do Fed esperavam a alta e destacaram que a meta de 2% não é um teto. (Folhapress)