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Categorias: Política
| Em 11 anos atrás

Base quer definição até fim de maio

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Aliados cobram que Marconi se decida sobre candidatura antes das convenções. Grupo quer tempo para se articular no caso de um “não” do tucano. Veja as questões na reportagem de Fagner Pinho do jornal Tribuna do Planalto.

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O governador Marconi Perillo é um dos nomes certos para disputar a cam¬panha eleitoral de 2014. Apesar de ainda não ter declarado oficialmente ser candidato, tanto governo como base acreditam que ele irá buscar mais uma reeleição e que poderá anunciar sua pré-candidatura antes mesmo das con¬venções do partido. Enquanto não fala sobre questões de campanha, Marconi segue inaugurando obras pelo interior do Estado. Só na semana passada o governador visitou mais de 20 cidades no nordeste do estado e pretende completar o ciclo de viagens á 114 municípios goianos até o mês de maio.

Mesmo afirmando que não faz pressão sobre Marconi, é nítido como a base tenta convencer que o governador é o nome certo para as eleições e que, sem ele, a dificuldade de alavancar outro nome seria enorme. O anúncio, que só deveria vir nas convenções, também tenta ser antecipado para que os ânimos se acalmem. Mas o próprio governador já afirmou que ainda não sabe se vai disputar a campanha eleitoral desse ano e que ainda está analisando sua situação, por meio de pesquisas qualitativas, para que a melhor escolha seja feita.

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Cogita-se ainda a possibilidade de que alguns partidos da base como PTB e PPS deixem a base e sigam outros caminhos, caso o governador não se candidate. Jovair Arantes, deputado federal pelo PTB, sinalizou que se o nome de Marconi não estiver fechado para a reeleição, seu partido poderia apoiar outro candidato. Já o PPS poderia seguir o caminho do partido em âmbito nacional e apoiar a candidatura de Vanderlan Cardoso (PSB).

Marconi se torna necessário a cada pesquisa divulgada. O nome de aliados que poderiam ser seus sucessores têm pouca força junto à sociedade. O vice-governador José Eliton já foi citado pelo próprio governador para ser um possível substituto na disputa desse ano, porém a ideia foi rejeitada por boa parte da base governista. De acordo com a última pesquisa realizada pela Tribuna do Planalto/Grupom, José Eliton conquistaria apenas 4% do eleitorado goiano enquanto Marconi Perillo empata com a oposição na intenção de votos.

Portanto, a decisão que parece mais sensata para a situação é colocar o nome do governador para disputar a reeleição. Governistas e base pressionam para que Marconi anuncie que será candidato em 2014. Com a data limite cada vez mais perto, o mais esperado é que ele oficialize sua decisão antes das convenções. Especula-se, inclusive, que o anúncio deva ser feito no final de maio ou começo de junho.

PSDB
Para o presidente do PSDB em Goiás, Paulo de Jesus, o momento da definição está chegando. Ele espera que o anúncio do governador seja feito até o final do mês que vem para que a união do partido e seus aliados sejam mantidos sem problemas. Segundo Paulo, o PSDB não trabalha com outra expectativa que não seja a do nome de Marconi disputando o governo de Goiás. Segundo ele, o partido não faz planejamentos com base em hipóteses, portanto eles não pensam na possibilidade do governador recusar a reeleição e só irão cogitar isso se acaso acontecer à abdicação de fato.

Sobre o atual momento do governador na cena política, o presidente da sigla acredita que Perillo está fazendo o certo ao pensar primeiramente na administração que só acaba no final do ano. “Ele (Marconi) foi eleito para governar e nesse momento ele está governando”, disse Paulo de Jesus. Ele explica que o primeiro ano do governo ficou precário por conta da situação fiscal em que vivia o Estado e que depois Marconi ficou prejudicado politicamente quando da Operação Monte Carlo. “Restaram apenas esses últimos dois anos para que ele cumprisse suas promessas ao povo goiano”, reiterou o presidente regional do PSDB.

Base aliada
O deputado federal Vilmar Rocha (PSD) acredita que Marconi vá concretizar seu nome para a disputa da reeleição até o início de junho e que não existe pressão dos outros partidos. Segundo o deputado não há possibilidade de outros planos que não incluam o nome do governador: “não existe plano B, só existe plano A e ele tem o nome do Marconi”, exalta Vilmar. Para ele o momento do governador agora é de focar na administração e concluir seus projetos.

O PSD é um dos principais partidos da base aliada, e antes mesmo da definição ou não de Marconi, o deputado federal Vilmar Rocha já lançou sua pré-campanha ao Senado na chapa majoritária do governo. Ele inclusive reitera que está trabalhando para que sua pré-candidatura se concretize e que ele se lance candidato para o cargo de senador em uma mesma chapa com Marconi Perillo.

O PR é outro partido que faz parte da base e aguarda a definição de Marconi para que comece a trabalhar na campanha eleitoral. Magda Moffato, deputada federal pelo partido diz que não existe pressão em cima do governador e que ele vai saber o momento certo de anunciar sua candidatura.

“Não pressionamos líderes. Eles sabem qual é a hora certa. Justamente por isso são líderes. Marconi é um grande líder e vai saber quando anunciar”, enfatiza Moffato. Segundo ela, a ansiedade para começar o debate de ideias e campanhas eleitorais faz com que alguns queiram que o governador se decida logo, mas isso não o pressiona. “Estamos fechados com Marconi e não abrimos mão”, enfatiza a deputada.

Mas o PPS, outro partido da base, já pensa em discutir com outras chapas caso Marconi Perillo não seja o candidato do governo. Para o presidente regional do partido, Marcos Abrão Roriz, eles não pensam em pressionar o governador para antecipar a decisão, mas caso ele não saia como candidato à reeleição o processo com o partido deve ser rediscutido para que encontrem melhores condições para o apoio.

Outros partidos da base sinalizam o mesmo: o compromisso é com Marconi. Por mais que não pressionem por uma data específica para a decisão do governador, há uma expectativa em volta de seu nome para que todos aliados prossigam com seus planos de terem um bom resultado nas eleições. Muitos líderes anunciam que governo e aliados estão fechados e unidos, porém não se sabe se esse momento de unidade é consequência da esperança e conveniência de ter Marconi Perillo como candidato absoluto.

Quadro geral da base aliada no momento
Partidos que fazem parte da base aliada do governo Marconi:
* PSDB, PTB, PP, PSD, PR, PPS, PTC, PHS, PSL, PTdoB, PMN, PEN, PV, PPL
O que muda se Marconi não se tornar candidato à reeleição:
* O vice-governador José Eliton é o nome mais cotado para encabeçar a chapa
* O PTB pode seguir aliança nacional com o PT e apoiar Antônio Gomide
* O PPS pode seguir aliança nacional com PSB e apoiar Vanderlan Cardoso
* O PSD também é aliado do PT em Brasília, e aqui poderia estudar outro caminho
Quem é especulado para participar da chapa majoritária da base aliada
* Marconi Perillo – candidato à reeleição
* José Eliton – que trabalha para se manter na vice
* Vilmar Rocha – quer a vaga para o Senado, mas poderia também aceitar a vice
* Ronaldo Caiado – poderia voltar à base aliada para ser candidato ao Senado

 

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