O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou neste domingo (1) que três pessoas da família Torrealba, dona do Grupo Libra, se apresentem à Polícia Federal para prestar depoimento.
Das 13 pessoas alvos de mandados de prisão, três não foram encontrados por estarem no exterior: Rodrigo Torrealba, Ana Carolina Torrealba e Gonçalo Torrealba.
Neste sábado (31) Barroso atendeu a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e mandou soltar os dez presos da Skala, entre os quais dois amigos do presidente Michel Temer, o advogado José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho.
“Fica, contudo, explicitado que os três investigados que se encontram no exterior deverão se apresentar à Polícia Federal, no momento do desembarque, e serem levados prontamente para a prestação de depoimentos à autoridade policial federal e aos representantes do Ministério Público Federal”, escreveu Barroso no despacho deste domingo.
“Após tais depoimentos, tal como feito em relação a todos os demais investigados, ouvirei a Procuradoria-Geral da República sobre a necessidade ou não de decretação de prisão temporária, e decidirei a questão.”
Os investigadores querem esclarecer os motivos de integrantes da família Torrealba terem feito doação eleitoral pessoal e por meio da empresa para campanhas políticas.
Querem ainda esclarecer de onde partiram os pedidos e apurar se houve solicitação indevida de valores em troca de renovação de contratos de concessão em Santos (SP).
Em 1995, o Grupo Libra assinou a primeira concessão privada para a operação de terminais de contêineres em Santos. Os indícios que deram suporte à ação da PF remontam a planilhas de 1998 que indicam MT -possivelmente, Michel Temer- como recebedor de recursos. (Folhapress)
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