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Categorias: Política
| Em 10 anos atrás

“Bandeiras levantadas por Caiado são retrógradas”, diz Marina Sant´Anna

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Pesquisas divulgadas nos últimos dias apontam Marina Sant’anna (PT) em segundo lugar nas intenções de voto para o Senado. De acordo com a pesquisa do Instituto Veritá, realizada entre os dias 18 e 21 de junho, divulgada hoje pelo Jornal Diário da Manhã, a petista aparece com 26,5%, atrás de Ronaldo Caiado (DEM) que tem 34,3%, e a frente de Vilmar Rocha (PSD) com 13,1%.

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Em entrevista concedida ao jornalista Altair Tavares, Marina Sant’anna afirmou que as bandeiras levantadas pelo concorrente do DEM são retrógradas. Ela ainda declarou que lamenta a possível fragilização da campanha de Dilma Rousseff (PT) no ambiente do PMDB, depois da aliança firmada entre o partido e Ronaldo Caiado.

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Confira:

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Altair Tavares: Qual a avaliação que a senhora fez, com os dados que mostraram a sua citação com 18%, na pesquisa Fortioli, para o Senado, em segundo lugar, bem a frente de Vilmar Rocha. Isso de certa forma dá força a candidatura ao Senado?

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Marina Sant’anna: Todas as pesquisas que eu tenho visto, vindas do Fortioli, estão colocando o meu nome nessa posição, em segundo lugar e com posição de crescimento. O que ocorre é que tem toda uma campanha pela frente, nós sabemos que essa campanha vai ser uma disputa bastante acirrada. Nossa oposição é diferente. Sendo a única candidatura que ainda não tem posição final, convenção e campanha sendo feita há anos, estamos muito bem colocados nas pesquisas. Inclusive me surpreendeu, porque eu apenas registrei o meu desejo de ser candidata a senadora pelo Partido dos Trabalhadores, e as pesquisas já saíram desse modo. Eu acho que com algum tempo de campanha a gente vai conseguir galgar um espaço realmente representativo e buscar a vitória. 

O fato de o concorrente ser Ronaldo Caiado, um forte opositor da Presidente Dilma Rousseff, impulsiona essa candidatura?

R: Eu não tenho dúvida alguma. As bandeiras levantadas por Ronaldo Caiado, são no meu entendimento, bastante atrasadas e retrógradas, e que vão na contra mão do desenvolvimento do Brasil. É claro que todo mundo tem o seu trabalho, a gente respeita todas as pessoas mas a Dilma Rousseff tem feito um trabalho, seguindo os dois governos de Lula, que tem mudado as feições sociais do país e tem traçado um caminho de desenvolvimento, de inclusão social, com cuidados ambientais antes não existentes. Então aqui no estado de Goiás, é muito importante essa postura sintonizada com a postura nacional. Eu quero expor as nossas posições, ouvir também as outras posições e faríamos uma disputa aguerrida com certeza. No Congresso Nacional esse embate entre a visão sustentada hoje tanto pelo Ronaldo Caiado, quanto por outras pessoas, ela vai na contra mão, de fato, do desenvolvimento que nós queremos.

As forças internas do PT já incorporaram essa candidatura também ou ainda falta alguma articulação, algum fechamento?

R: A gente se deu tempo até o dia 27 para organizarmos a chapa majoritária como um todo. Hoje eu estive com o nosso candidato a governador, Antônio Gomide, estive também com o presidente estadual do partido, Céser Donizete, e nós estamos bastante avançados nessa conversa. O único nome a apresentar postulação para o Senado é o meu, e as pesquisas fortalecem esse nosso desejo. Acredito que pelo meu perfil, também contribui bastante para a composição de uma chapa majoritária que busca vitória.

É uma campanha grande, uma chapa majoritária difícil, uma outra campanha para governador, junto a um candidato para o governo. O partido e o seu grupo estão com disposição e condições suficientes para bancar essa candidatura?

R: Eu acredito que sim. Nós estamos conversando justamente sobre isso. A campanha que nós faremos aqui em Goiás depende de muitos fatores, mas depende também da nossa visibilidade pública, da capacidade de usar os instrumentos que a legislação permite como a internet, o rádio, a televisão, participar dos debates que estarão disponíveis, o que é bastante interessante para as candidaturas majoritárias. E também oferecer a população, elementos mais conceituais do que nós queremos para o desenvolvimento de Goiás. Desse modo, colocando a campanha na rua, indo para a rua de fato, e ao mesmo tempo utilizando esses instrumentos, eu acredito que não seja uma campanha tão dispendiosa. Aliás, nós do PT gostaríamos muito que agora no final do ano, a população brasileira tenha um espaço de debate durante as eleições, para que  nós façamos uma reforma política que impeça o poder do dinheiro, a fluência dos recursos econômicos das campanhas que as vezes até levam a vitórias que se questionam como legítimas. De qualquer forma, a nossa campanha já ganha com a ação da militância. Tenho certeza que nós faremos, como sempre fizemos no Brasil, e ganhamos muitas eleições. Nós vamos ter muitos candidatos ao governo com possibilidade de eleição, ao Senado, teremos uma bancada federal e estadual bastante representativa e com resultados eleitorais que virão a ser festejados posteriormente e nos trarão a responsabilidade de governo.

Há algum incômodo no PT em virtude de que o PMDB, aliado do partido em Goiás, estará com Ronaldo Caiado, que é franco opositor da presidente Dilma Rousseff ?

R: Eu pessoalmente acho que poderia ser diferente. Lamento muito porque isso abre a possibilidade de fragilizar a campanha da Dilma dentro do ambiente do PMDB. O candidato a governador Iris Rezende, assim como Maguito Vilela, assim como outras lideranças peemedebistas farão campanha para Dilma Rousseff, já tem compromisso com o desenrolar da campanha de Dilma. Agora o palanque, pelo que tudo indica, será na campanha de Antônio Gomide, na nossa campanha. 

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