O presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Eduardo Barata, disse nesta segunda (12) que o brasileiro deve passar o verão sem cobranças adicionais na tarifa de energia (as chamadas bandeiras tarifárias).
No último dia 25, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) definiu que, em dezembro, a bandeira é verde -o que significa que não há custo adicional para os consumidores.
Em entrevista nesta segunda, Barata disse que a tendência deve se manter pelo menos até o final do período de chuvas, entre março e abril.
“As simulações que temos não sinalizam para mudança de bandeira durante o período úmido”, afirmou.
As bandeiras são acionadas para pagar a geração de energia por térmicas quando os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão muito baixos.
A bandeira amarela representa um custo adicional de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Na bandeira vermelha, a taxa é de R$ 3 por 100 kWh.
De acordo com o ONS, os reservatórios das regiões sudeste e centro-oeste, a caixa d’água do setor elétrico brasileiro, estão com 36% de sua capacidade, contra 30% registrados no mesmo período do ano anterior.
Barata diz que as previsões meteorológicas apontam para chuvas dentro da média histórica na região durante este verão.
Além disso, o consumo está estagnado: o ONS prevê crescimento zero em 2016 -em 2015, houve queda de 1,8%.
Para 2016, a projeção é de crescimento de 2,2%. Em cinco anos, a média será de 3,3% ao ano.
Mesmo assim, ressalta Barata, as projeções do ONS não veem problemas para o suprimento de energia no país até 2021, período do planejamento anual do órgão.
O Brasil bateu recorde em expansão da capacidade de geração em 2016, com a adição de 9.130 megawatts (MW) e o cenário para o período é de sobra de energia.
Folhapress