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Categorias: Economia
| Em 10 anos atrás

Bancos apostam em empréstimo por celular

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São Paulo – Com uma demanda ainda mais tímida por crédito, os grandes bancos tentam deslanchar outros canais, principalmente, os aplicativos de celular para incentivar o crescimento dos empréstimos. Bradesco e Banco do Brasil miram neste ano ultrapassar R$ 1 bilhão cada um em recursos liberados por este meio. Embora o volume seja pequeno se comparado às carteiras de créditos de ambas as instituições, mostra o esforço dos players do varejo bancário em incentivar os meios digitais, reduzindo o contingente de pessoas nas agências e, ao mesmo tempo, aumentando a rentabilidade da operação.

No BB, os desembolsos de crédito por aplicativo de celular já somam R$ 450 milhões neste ano, montante acima do registrado em todo o exercício de 2014, que atingiu R$ 360 milhões. Ante 2013, o crescimento chega a 275%. Dos mais de R$ 1 bilhão estimados pelo BB neste ano, cerca de 40% devem ser consignado, ou seja, com desconto em folha de pagamento.

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Marco Antônio Mastroeni, diretor de Negócios Digitais do BB, disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que a contratação de crédito por celular tem muito espaço para crescer pelo fato de parte dos clientes ainda estar mais adaptada ao internet banking, um ambiente mais amigável e também consolidado.

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Barreiras

Pesquisa feita pela CA Technologies, que fabrica soluções tecnológicas para a indústria bancária, mostra que ainda há uma lacuna entre a percepção do setor e os usuários dos aplicativos em relação ao quão bem os bancos atendem suas expectativas. No mundo financeiro, a diferença entre as duas avaliações chega a 15%.

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Além disso, o principal canal de oferta de crédito ainda é a agência bancária. Na prática, porém, os bancos estão debruçados na transferência de diversos processos como pagamento de contas, crédito e outros para os canais digitais em um esforço de transformar a rede física em espaços de negócios, com um menor volume de clientes e caixas humanos, mas, em contrapartida, um maior retorno.

O Bradesco aposta em um modelo híbrido de atendimento, conforme Maurício Minas, vice-presidente executivo do banco. Segundo ele, o mundo físico e o digital têm de conviver. Atualmente, 11% dos 26,6 milhões de clientes do Bradesco são digitais e não vão mais às agências. Nos últimos dias, 1,4 milhão passaram a utilizar o aplicativo do banco.

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A tendência, segundo Minas, é de crescimento de número de usuários e liberação de crédito pelo canal mobile, uma vez que à medida que o banco cruze informações do cliente pode sugerir produtos e serviços pelo aplicativo como, por exemplo, a troca de uma dívida por uma modalidade de empréstimo com taxas mais atrativas. Cerca de 92% das transações bancárias do Bradesco já ocorrem em canais digitais.

O BB espera migrar todos os seus clientes com renda acima de R$ 4 mil, um contingente de 5,7 milhões de clientes, até o final de 2016 para esses meios. Consultado, o Itaú Unibanco afirmou que não abre os números sobre crescimento nos empréstimos por smartphone. O banco traçou a meta ter 300 mil clientes digitais no Itaú Personnalité, clientes com renda acima de R$ 10 mil na grande São Paulo, e 1 milhão no segmento Uniclass, acima de R$ 5 mil, ao final deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Estadão Conteúdo)

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