SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Banco do Brasil informou em comunicado nesta segunda-feira (12) que as despesas não recorrentes com o pagamento de incentivos do Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada devem totalizar R$ 1,4 bilhão neste ano.
De acordo com o banco, o plano, encerrado em 9 de dezembro, teve a adesão de 9.409 funcionários, o que significará uma redução nos gastos de pessoal da ordem de R$ 2,3 bilhões em 2017.
O banco anunciou no final de novembro um plano de reestruturação que inclui, além das aposentadorias, o fechamento de agências. O objetivo do BB é economizar quase R$ 2,9 bilhões.
Com as medidas, o banco espera se adequar às regras internacionais de saúde financeira determinadas pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais), que é uma espécie de banco central dos bancos centrais, já em julho do ano que vem, sem nenhum aporte do Tesouro Nacional.
No anúncio, a instituição financeira informou que queria reduzir 9.300 postos de trabalho dos 109 mil existentes hoje para funcionar com mais eficiência. O plano de incentivo à aposentadoria envolvia pagamento de 12 salários e indenização pelo tempo de serviço que varia entre 1 e 3 salários, dependendo do tempo de banco do funcionário.
Em entrevista à Folha, Paulo Rogério Caffarelli, presidente do Banco do Brasil, disse que, sem o corte de gastos na instituição, ele teria de pedir socorro ao governo federal em julho de 2017 para atender as exigências de capital de Basileia 3.
AGÊNCIAS
Somam-se a essas ações na área de redução de gastos com pessoal os R$ 750 milhões que a instituição prevê economizar todos os anos com o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento, entre outras medidas.
Desse montante, R$ 450 milhões serão economizados com o enxugamento da estrutura organizacional e R$ 300 milhões com redução de gastos com transporte de valores, segurança e despesas com os imóveis.
“Não deixaremos de atuar em nenhum município em que o Banco do Brasil já está”, disse Caffarelli.
No total, são 781 agências, de um total de 5.430, que deixarão de existir -o que corresponde a 14% do total. Dos pontos fechados, 379 serão convertidos em postos de atendimentos, uma versão menor e mais barata de servir ao cliente. As outras 402 serão desativadas, somando-se a outras 51 agências que começaram a ser fechadas em outubro.