O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que, apesar da ligeira alta recente a inflação segue sob controle e “ancorada em torno da meta” para os próximos anos. O economista participou, nesta quinta-feira (16), de uma audiência na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional.
Campos recordou que o índice chegou a 10,7% em 2015, quando muitos acreditavam que o BC não fosse capaz de controlar o processo inflacionário. Porém , a boa condução da política monetária, baseada na cautela e serenidade permitiu retomar o controle da situação, tanto é que a expectativa está mantida em torno de 4% para 2020 e 2021.
Pressionado pelos parlamentares em relação à necessidade de queda da taxa básica de juros (Selic), Campos disse que a taxa está no seu patamar mínimo histórico (6,5%) e que é preciso levar em conta também o cenário internacional, as reformas em tramitação no Parlamento e o quanto é possível crescer sem gerar inflação.
O elevado spread bancário existente no Brasil foi alvo de críticas dos parlamentares, que questionaram a grande diferença entre a remuneração que o banco paga ao investidor para captar um recurso e o quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro.
O presidente do BC reconheceu o problema e disse que existe um conjunto de variáveis que precisam ser atacadas. Ele negou que a simples concentração bancária seja responsável pelo problema. Segundo ele, a questão abrange principalmente quatro fatores que seria o alto custo operacional, o custo financeiro, o lucro dos bancos e a inadimplência.
A reunião desta quinta-feira (16), foi feita em conjunto por três comissões da Câmara (Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle; Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços) e duas comissões do Senado (Assuntos Econômicos; e Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor).
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