O balanço das ações realizadas em todo o Estado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Febre Chikungunya e Zika vírus, está previsto para ser apresentado ao governador Marconi Perillo (PSDB) nesta quinta-feira (28).
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Maria Cecília Martins Brito, a média de municípios visitados desde o início do ano varia de 60 a 70 cidades. “Até a terceira semana foram visitados aproximadamente 240 municípios”, afirma Maria Cecília.
Segundo a superintendente, houve grande adesão dos municípios em relação às medidas de combate. “Estamos trabalhando com todos os municípios. Neste primeiro mês vamos vistoriar todos os imóveis em Goiás, inclusive os fechados. Neste momento podemos dizer que temos adesão total dos municípios”, explica.
São empregados nas ações de combate agentes de saúde, agentes de combate a endemias, prefeituras, secretarias municipais de saúde, além das estratégias do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO).
“O Sistema Unificado de Incidentes é uma compilação de dados referente ao mapa da cidade que mostra o quarteirão que tem foco do mosquito. As áreas em verde não têm foco, as áreas vermelhas têm”, afirma Mara Cecília.
A superintende explica que é feito um trabalho de prevenção em residências localizadas até 100 metros de distância da casa que possui foco de mosquito. “Temos agentes militar do Corpo de Bombeiros, agentes de combate a endemias, servidores da Defesa Civil e das regionais de saúde, além da população que é voluntária em cada região de poucos quarteirões para fazer as visitas”.
O índice de pessoas que rejeitam a visita dos agentes de saúde é baixo, diz a superintendente. “O grande problema é o imóvel fechado, que as chaves ficam com as imobiliárias e temos que ficar correndo atrás disso para conseguir entrar na residência”.
De acordo com Maria Cecília, o Estado está disponibilizando, segundo a necessidade de cada município, os equipamentos para o combate, como maquinas, larvicidas, medicamentos, bombas.
“Já disponibilizamos 800 bombas para eliminação de focos. Nós disponibilizamos os equipamentos conforme as notificações. Não estamos com tanta burocracia porque sabemos que os municípios precisam. No entanto, temos que ficar atentos aos casos subnotificados”.
Os casos subnotificados, como explica a superintendente, são os casos que não recebem tanta atenção das unidades de saúde ou não são notificados, para que dados sejam camuflados. Ainda entra nos casos subnotificados aquelas pessoas que sentem os sintomas das doenças e não procuram atendimento médico.
Na próxima quinta-feira (28) será apresentado ao governador o balanço das ações em todo o Estado, como número de notificações, de visitas realizadas, de imóveis com foco do mosquito, de pessoas que participaram das operações, de máquinas e equipamentos utilizados, entre outros.
Ao Diário de Goiás, a superintendente informou que as ações não vão parar. Em fevereiro os esforços serão dedicados aos imóveis fechados. Além disso, “vamos aos distritos, assentamentos, zona rural e indígenas”, diz Maria Cecília, para atender de fato todo o Estado.
Também serão realizados outros dois ciclos de visitas neste primeiro semestre.
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