Uma aventureira britânica de 43 anos, que viajava em um caiaque pelo rio Solimões, está desaparecida desde a última quarta-feira (13). Ela sumiu em uma região entre as cidades de Coari e Codajás, no Amazonas.
No dia do desaparecimento da britânica, uma empresa acionou à noite o 9º Distrito Naval para avisar que o localizador de emergência dela tinha sido acionado. Horas após receber a informação, uma aeronave decolou ao amanhecer para começar o reconhecimento da área onde ela desapareceu.
Desde o desaparecimento da canoísta, equipes de busca e salvamento da Marinha e dos bombeiros fazem buscas na região com aeronaves, lanchas e um navio. Eles também prestam apoio logístico aos agentes da Polícia Civil e Militar que embarcam a partir de Codajás.
Na última sexta (15), as equipes localizaram com ajuda de ribeirinhos um caiaque abandonado em um banco de areia no rio Solimões, na região onde a atleta desapareceu. A pequena embarcação foi entregue à Polícia Civil, de acordo com a Marinha.
Até a manhã desta terça-feira (19), a mulher ainda não tinha sido localizada.
VIAGEM
A britânica tem relatado nas redes sociais e em um blog os detalhes da sua viagem solitária de caiaque pelo rio Amazonas, que começou em Iquique, no Peru.
No blog, a mulher escreveu no dia 9 de agosto que gostaria de ver o quanto poderia ir longe pelo rio “sem suporte e sem ajuda”. Na mesma postagem ela admitiu que encontraria dificuldades potenciais, mas que não tem arrependimentos.
A canoísta chegou a postar uma piada no dia 10 direcionada a alguém que tentou fazê-la desistir da aventura. “Em Coari ou perto (a 100 quilômetros acima do rio) meu barco será roubado e eu serei assassinada. Legal”, escreveu.
Um dia antes de sumir, a britânica relatou ter visto de 50 a 30 homens em barcos com “flechas e rifles”. A mensagem estava acompanhada de emojis rindo da situação.
Uma pessoa comentou o post dizendo que ainda bem que ela “tem um bom senso de humor” em uma situação assustadora.
A última postagem feita pela aventureira foi uma frase aparentemente inacabada, na madrugada do dia que ela desapareceu.
“Uma mudança dramática em apenas um dia, mas o rio é assim mesmo. Cada quilômetro é diferente, e só porque uma área é ruim não significa que…”