A semana começa com previsão de menos calor em Goiás. Uma massa de ar polar avança no estado, empurrando a nuvem de fumaça e poluição que se adensa. A condição metereológica preocupa, visto que as temperaturas tendem a amenizar nos próximos dias, mas a qualidade do ar se mantém ruim, o que aumenta consideravelmente o risco para doenças respiratórias.
Conforme o prognóstico do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a semana começa com temperaturas variando entre mínimas de 11ºC na região Sudoeste e máximas de 38ºC nas regiões Oeste e Norte. Na capital, a previsão do tempo para esta segunda-feira (26) é de mínima de 15ºC e máxima de 30ºC.
A umidade relativa do ar tende a melhorar, com mínima prevista de 22%. Na semana passada, a mínima chegou aos 14%, nível considerado alarmante. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os níveis de umidade relativa do ar ideal para a saúde humana devem estar entre 50% a 60%.
De acordo com o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, o fluxo de fumaça veio da região Norte e Sudeste do país, proveniente de queimadas, trazido à Goiás pela frente fria que avançou rumo ao estado nos últimos dias. A expectativa é de que a nuvem de fumaça e poluição se dissipe até a próxima quarta-feira (28). “Para os próximos dois dias, de modo gradativo, temos que esperar essa frente fria avançar para o oceano para esse fluxo de vento ir dando conta de dispersar toda essa fumaça que está sobre o estado de Goiás”, detalhou.
Apesar do clima mais ameno, a qualidade do ar inspira cuidados especiais. O Cimehgo alerta que, devido a fumaça e material particulado que encontra-se disperso na atmosfera, as condições respiratórias da população podem se agravar. Neste domingo (25), em meio a nuvem de fumaça que encobriu a capital e outras cidades do estado, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) emitiu alerta à população para que cuidem da saúde respiratória.
Segundo o médico Guilherme Cabral, a forte fumaça na atmosfera associada a baixa umidade e as temperaturas elevadas favorecem complicações de saúde, especialmente para crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas. “Essa baixa umidade tem reflexo imediato na saúde da população aumentando a incidência de doenças respiratórias e alergias, por isso, é importante que a atenção às crianças e idosos seja redobrada nesse período”, destaca.
Dr. Guilherme recomenda algumas medidas para amenizar o desconforto e evitar complicações durante as condições de péssima qualidade do ar. “Oferecer e insistir na ingestão de água, frutas e sucos naturais, e realizar lavagem nasal com soro fisiológico. Outra medida bastante eficaz é umidificar os ambientes com toalhas molhadas e umidificadores”, ressalta o médico.