Autor do ataque a tiros que deixou três mortos em Liège, na Bélgica, na terça-feira (29), Benjamin Herman, 36, já havia assassinado um outro homem no dia anterior, informou o ministro do Interior belga, Jan Jambon, nesta quarta-feira (30).

À rádio local Bel RTL, Jambon afirmou que Herman foi responsável pela morte de Michael Wilmet, cujo corpo foi encontrado em sua casa, na província de Luxemburgo, na manhã de terça. As autoridades belgas ainda tentam esclarecer o motivo do assassinato.

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No ataque de terça, nas imediações de uma escola, Herman matou duas policiais a tiros -ele havia esfaqueado as agentes antes de tomar as armas delas. Ele ainda atirou em um professor.

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Herman morreu pouco depois, em troca de tiros com a polícia. Condenado por tráfico de drogas e roubo, ele fora libertado temporariamente da prisão na segunda (28).

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Um parlamentar belga disse à agência Reuters que o autor do ataque figurava em uma lista de suspeitos de radicalização islâmica durante períodos de encarceramento.

Testemunhas relataram ter ouvido gritos de “Allah akbar” (“Deus é maior”, em árabe) -expressão associada a ataques terroristas, apesar de ser usada com frequência em círculos muçulmanos.

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Um exemplar do Alcorão e um tapete de oração foram encontrados na cela de Herman, segundo a mídia belga.

Imagens do centro de Liège no momento do ataque mostram pedestres buscando proteção nas ruas e sons de sirenes e tiros. Essa mesma cidade foi cenário de um tiroteio em 2011, com quatro mortos.

O ministro do Interior escreveu em uma rede social que a situação está sendo monitorada pelo centro de combate ao terrorismo.

O país está em alerta desde os ataques que mataram 130 pessoas em Paris em novembro de 2015 -os atiradores tinham vínculos com a Bélgica; alguns meses depois, três atentados coordenados deixaram 32 mortos em Bruxelas. (Folhapress)

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