(Foto: Fernando Bezerra/ Agência Senado)
Autor do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousself, o jurista Miguel Reale Jr. está indignado com as declarações recentes do presidente da Republica, Jair Bolsonaro que mirou seus olhos ao longo da segunda-feira para desferir críticas e insultos rememorando o falecido pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. “Não é mais caso de impeachment, mas de interdição”, disparou.
“Estamos, realmente, em um quadro de insanidade da mais absoluta. Não é mais caso de impeachment, mas de interdição”, disparou Reale. “É um fato gravíssimo. Há mais de um ano, disse que quem fosse democrata não deveria votar no Bolsonaro”, completou. As declarações foram dadas a Rádio Guaíba, de Porto Alegre.
O jurista também prestou solidariedade ao presidente da OAB e afirmou que a fala de Bolsonaro “ofendeu todos que prezam pelos direitos humanos”. Ele rememorou ainda o discurso que Bolsonaro fez antes de votar a favor do impeachment de Dilma, quando homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Na manhã desta segunda-feira (29/07) Bolsonaro questionou: “Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [do Adélio]? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB?”.E na sequência sobre o pai do presidente da entidade.
“Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar às conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco, e veio a desaparecer no Rio de Janeiro”,afirma.