Em coletiva de imprensa, nesta manhã (29), a superintendente do Procon Goiás, Darlene Araújo, afirmou que há prática abusiva na elevação dos preços dos combustíveis em Goiânia na última semana. De acordo com ela, o aumento não tem justa causa.
Segundo a pesquisa realizada pelo órgão entre os dias 23 e 27 de julho, em 102 postos de combustíveis em todas as regiões da capital, há indícios de alinhamento de preço e cartelizações, práticas proibidas, de acordo com Darlene Araújo.
Foram pesquisados os preços da Gasolina Comum, Gasolina Aditivada, Etanol Hidratado, Diesel Comum e s-10. Entre os produtos mais procurados, a gasolina comum foi encontrada por R$ 3,15 até R$ 3,61, uma variação de preços diferentes de 14,28%. De acordo com o Procon, com exceção de um único posto que pratica o menor preço e considerando a concentração de preços, a variação de preços diferentes é de 1,41%, e o reajuste médio de 11,04%. Em junho, o preço médio da gasolina era R$ 3,17, atualmente, o valor médio é de R$ 3,52.
Já em relação ao etanol hidratado, a concentração de preços idênticos ou semelhantes foi de 72,27%. Segundo a pesquisa, o menor preço encontrado foi R$ 1,89, enquanto o maior foi R$ 2,61. O preço médio no mês passado era R$ 1,97, e hoje é praticado em média a R$ 2,50.
De acordo com a superintendente do Procon-GO, os postos têm 10 dias para apresentarem defesa, caso contrário serão multados, por amostra, já que todos os estabelecimentos da cidade não foram pesquisados. Os postos foram notificados em processos administrativos.
Darlene Araújo informou que a Delegacia do Consumidor (Decon) será oficializada e deve investigar os indícios criminais que a pesquisa apontou. Segundo o Procon, será feita uma ação civil pública e, até amanhã, o Poder Judiciário também será informado, para que seja feita uma liminar exigindo a diminuição dos preços, para o valor anterior ao dia 23/07.
Ainda de acordo com a superintendente, também estava marcada para a manhã desta quarta-feira, uma reunião com representantes do Sindiposto e Sifaeg, mas ninguém do Sindiposto compareceu. Em entrevista ao Jornal do Meio-Dia, da TV Serra Dourada, o presidente do Sindiposto, José Batista Neto, disse que não compareceu a reunião pois está fora de Goiânia.
O presidente do sindiposto afirmou na entrevista que durante alguns meses, os postos da capital executaram uma promoção, e desde a semana passada, voltaram os combustíveis para os preços médios praticados em todo o país. De acordo com ele, não é possível informar se o preço dos combustíveis será reajustado. Sobre a ação civil pública que o Procon pretende mover contra os postos, José Neto afirmou que o órgão está cumprindo com o seu papel.
Atualizada às 13:10