O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça (1°) que as mudanças no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP, o gás de cozinha) tem por objetivo eliminar subsídios cruzados que eram concedidos no setor.
“Algumas distribuidoras usavam a infraestrutura da Petrobras e pagavam por isso. Outras usavam e não pagavam. E isso é injusto”, afirmou o executivo, em entrevista após evento no Rio.
Por isso, explicou, a Petrobras decidiu incluir no preço cobrado às distribuidoras os custos logísticos da entrega do gás.
São custos referentes ao uso, por exemplo, de tanques de estocagem do combustível.
A mudança passou a vigorar nesta terça e provocará aumento no preço do combustível.
De acordo com fontes das distribuidoras, a alta será de até 4%, ou cerca de R$ 2 por botijão de 13 quilos.
A Petrobras discorda da conta e diz que o aumento médio será de R$ 0,20. O preço final, porém, é livre e dependerá da estratégia comercial de cada distribuidora.
Parente afirmou que a mudança torna mais transparente os custos de logística e, por isso, pode ajudar a atrair investimentos para o setor.
A estatal já promoveu alteração semelhante nos contratos com as distribuidoras de combustíveis líquidos, como gasolina e diesel, há dois anos.
O presidente da Petrobras ressaltou que não houve reajuste no preço do GLP, mas apenas a inclusão dos custos logísticos.
Folhapress