Aproximam-se os finais de ano e a população que utiliza o transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia sempre vive a ruim expectativa de reajuste na passagem do serviço. O galopante crescimento no preço do diesel coloca em 2021 torna o debate ainda mais preocupante. Mas de acordo com o presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET), não é com o reajuste que se resolve os problemas vividos conjuntamente entre concessionárias e usuário: “Talvez até agrave”, salienta Adriano Oliveira em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia.
“A solução para o problema do usuário não passa por aumento de tarifa, mas quem de fato tem capacidade para encontrar essa solução, com nosso apoio, é o poder público e a gente vê hoje é o interesse e vontade do poder público em arrumar uma solução”, destaca Oliveira. Como há o subsídio financeiro por parte do Poder Público, por ora, o aumento da tarifa não está no debate. “Se o sistema hoje está em funcionamento, deve-se a um plano emergencial dentro de uma ação do Ministério Público”, explica.
Adiantado pelo Diário de Goiás, o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu, explica uma reformulação no transporte coletivo, passa por cobrança de múltiplas tarifas. Oliveira, dá mais detalhes e ressalta que um dos caminhos são a criação de duas formas de tarifações: uma técnica, que seria subsidiada por outras fontes e a pública, que seria o valor do bilhete que o passageiro pagaria para utilizar o serviço.
“A lei de mobilidade em 2012 já previa a utilização de duas tarifas: uma para remunerar o serviço, chamada tarifa técnica e a tarifa pública que é a que o passageiro paga. Nos parece que esse é o caminho e é um caminho que acreditamos que o poder público do estado, especialmente Goiânia entenderam que será buscar esse tipo de alternativa”, explica. Questionado se o Governo de Goiás também faz coro à proposta, Oliveira respondeu positivamente.
Adriano Oliveira destaca que a reformulação será primordial para que o passageiro do transporte coletivo retorne ao serviço. “Acho que a mudança que todos queremos, especialmente o usuário e até aqueles que utilizam as cidades, é que se queremos mudanças na qualidade de serviço para a gente sair desse momento negativo no transporte para um momento de melhorias é que para isso precisamos ter uma mudança no modelo de financiamento do transporte”, concluiu.
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