Apreendidos pela Polícia Federal, os celulares de empresários bolsonaristas constavam troca de mensagens com o procurador-geral da República, Augusto Aras. A informação foi divulgada pelo portal Jota nesta terça-feira (23/08) e de acordo com a apuração, confirmada por fontes na PF, no Ministério Público Federal (MPF) e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nas mensagens, segundo as fontes, haveriam críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes e também menções à candidatura do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de já terem virado tema entre conversas de ministros do Supremo Tribunal Federal, a reportagem afirma que o teor das conversas ainda estão sendo mantidas em sigilo.
Aras também é o procurador-geral eleitoral. A troca de mensagens com empresários se tornaram alvo do inquérito que investiga atos antidemocráticos e como está em uma posição central no período eleitoral, pode ser que haja entreveros para ele. O que levou à deflagração da operação foram justamente as mensagens dos empresários em defesa a Bolsonaro e críticas com a eleição do presidente Lula.
A publicação ainda consultou assessores de Aras que disseram que o procurador-geral da República tem muitos amigos no mundo empresarial, e por tanto, é natural que hajam conversas entre eles. No entanto, Aras soube somente nesta terça-feira (23) da operação e não houve troca de informações prévias às diligências com os amigos.