Um acordo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na manhã desta quarta-feira (26) culminou com o reajuste de 7,5% nos salários dos motoristas de ônibus de forma retroativa a março, e assim, será encerrado o movimento de greve que prometia paralisar os serviços do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia.
Como mostrou o Diário de Goiás na terça-feira (25), a audiência de mediação tinha sido convocada pelo desembargador do Trabalho, Eugênio José Cesário Rosa, vice-presidente e corregedor do TRT, em regime de urgência.
O acordo já foi celebrado, mas será referendado em assembleia da categoria na manhã de quinta-feira (27), na entrada do Terminal Padre Pelágio, às 9h. A assembleia foi convocada pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) logo após a reunião no TRT.
Conforme o diretor-financeiro do Sindicoletivo, Sérgio Reis de Araújo, o percentual negociado no TRT foi superior em 1% ao que as empresas tinham oferecido. “Foi o acordo mais viável no momento e por intermédio [da mediação] do desembargador”, frisou. Conforme Sérgio, a proposta das empresas tinha chegado a 6,5% parcelado em duas vezes (4,5% e depois 2%).
Por outro lado, ele disse que a categoria não foi atendida na forma de pagamento do reajuste. Foi mantido o parcelamento na aplicação do reajuste.
“São 5% retroativos a março e 2,5% serão pagos em setembro”, justificou ele. Ele reiterou que o parcelamento foi solicitado pelas empresas “e o desembargador sugeriu que a categoria aceitasse para evitar um dissídio, onde havia o risco de o Pleno do Tribunal mandar aplicar a inflação do período e nada mais, então preferimos evitar o risco”, completou.
O diretor concluiu rechaçando a nota divulgada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (SET) na terça onde havia citações críticas à legalidade do movimento grevista. O SET chegou a indicar interesse político no movimento.
Observando que o Sindicoletivo representa cerca de 5 mil trabalhadores (motoristas, fiscais, administrativos) das cinco empresas de transporte filiadas ao SET, ele rebateu as alegações. “Nosso sindicato não tem sequer um candidato nem bandeira político-partidária, temos apoio de políticos de direita, de esquerda, de qualquer um que queira ajudar a causa”.
A reportagem buscou ouvir a posição do SET após a audiência no TRT nesta quarta, o retorno ocorreu após publicação que passa a ser atualizada.
Transporte Coletivo de Goiânia: Acordo garante reajuste e evita greve
“Após muitas reuniões havidas nos últimos dias, as empresas de transporte coletivo da Região
Metropolitana de Goiânia, representadas pelo SET, e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte
Coletivo Urbano e Região Metropolitana (SINDICOLETIVO) firmaram acordo nesta quarta-feira (26),
que impede a greve da categoria prevista para iniciar na sexta-feira (28).
O acordo garante um reajuste salarial de 7,5% para motoristas e demais funcionários do transporte
público. Este é o terceiro ano consecutivo que as empresas oferecem um aumento acima da inflação,
demonstrando o compromisso com a valorização da categoria.
Benefícios para todos
O presidente do SET, Adriano Oliveira, destaca a importância do acordo para toda a Região
Metropolitana. “O transporte coletivo é essencial para a locomoção da população, e uma greve
causaria grandes transtornos para os usuários.
Com a assinatura do acordo, o transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia opera
normalmente.“
Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET)