A taça da Copa Sul-Americana 2018 é brasileira. Em decisão eletrizante disputada na noite desta quarta-feira (12), o Atlético-PR não decepcionou a torcida que lotou a Arena da Baixada e venceu o Junior Barranquilla nos pênaltis (4 a 3) depois de novo empate por 1 a 1 no tempo normal. Com isso, o time paranaense conquistou o primeiro título internacional de sua história.
Com o Atlético-PR melhor, Pablo abriu o placar ainda na etapa inicial após bela assistência de Raphael Veiga. Na etapa final, Téo Gutiérrez, de cabeça, deixou tudo igual. Depois disso, só deu Junior Barranquilla, mas faltou aos colombianos colocar outra bola na rede. Com isso, a decisão foi para a prorrogação, e o Junior teve, de pênalti, a chance de encaminhar a taça. Barrera desperdiçou, e a decisão acabou indo para as penalidades.
Nas cobranças, o Atlético-PR levou a melhor. Jonathan, Raphael Veiga, Bergson e Thiago Heleno converteram (Renan Lodi errou), enquanto Fuentes e Téo Gutiérrez desperdiçaram pelo Junior Barranquilla.
O jogo começou como era esperado, com o Atlético-PR em cima e o Junior com dificuldade para sair de trás. Mas isso não demorou a mudar. Aos poucos, os colombianos se acertaram e, trocando muito bem os passes, equilibraram o jogo. E foi justamente nessa hora que os anfitriões conseguiram abrir o placar, aos 25min. Depois de Léo Pereira sair jogando errado e se recuperar, Veiga ficou com a bola e deu uma linda assistência para Pablo finalizar no canto direito.
A dupla Raphael Veiga e Pablo voltou a funcionar logo no primeiro minuto do segundo tempo e por muito pouco não ampliou na Arena da Baixada. O meia deu mais um belo passe para o centroavante, que finalizou rasteiro, cruzado; a bola ia no canto, mas desta vez o goleiro Viera apareceu para fazer uma grande defesa e evitar o segundo do Atlético-PR.
Depois de Pablo perder a chance de encaminhar o título, o Junior Barranquilla voltou a crescer, assim como na etapa inicial. Primeiro, Santos fez boa defesa em bomba de Luis Díaz; mas depois, o goleiro nada pôde fazer: em cobrança de escanteio da esquerda, Gómez desviou na primeira trave e Téo Gutiérrez cabeceou para as redes para deixar tudo igual e diminuir a empolgação na Arena.
O gol sofrido mexeu com o Atlético-PR, e para muito pior. Extremamente consciente em seus contra-ataques, o Junior Barranquila engatou uma sequência de jogadas que levaram muito perigo ao gol de Santos. A sorte dos paranaenses é que os colombianos não estavam com a pontaria tão calibrada.
O cansaço após 90 minutos não impediu que os times fizessem uma prorrogação eletrizante na Arena. Em jogo de lá e cá, tanto Atlético-PR como Junior Barranquilla criaram jogadas suficientemente perigosas para mexer as redes novamente. E os colombianos viram a taça ficar perto quando Yony foi derrubado por Santos dentro da área. Pênalti, que Barrera isolou, repetindo o que Pérez fez no duelo de ida. Na ocasião a partida também estava 1 a 1, e o Junior perdeu a chance de sair com a vitória na ida, em seu estádio.
RECORDE
A torcida do Atlético-PR fez a sua parte e quebrou o recorde de público da nova Arena da Baixada: 40.263. Até então, a marca era do Paraná Clube, que na Série B de 2017 colocou 39.414 torcedores na vitória por 1 a 0 em cima do Internacional.
ATLÉTICO-PR
Santos; Jonathan, Thiago Heleno, Léo Pereira, Renan Lodi; Bruno Guimarães, Lucho González (Wellington), Raphael Veiga; Nikão (Marcinho), Pablo (Bergson), Marcelo Cirino (Rony). T.: Tiago Nunes
JUNIOR BARRANQUILLA
Viera; Piedrahita, Jefferson Gómez (Ávila), Rafael Pérez, Fuentes; Narváez, James Sánchez (Yony González), Barrera (Moreno), Cantillo; Téo Gutierrez, Luis Díaz. T.: Julio Comesaña
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Juiz: Roberto Tobar (CHI)
Cartões amarelos: Jonathan, Wellington (Atlético-PR); Yony González, Narváez, Jéfferson Gómez, Piedrahita (Junior)
Gols: Pablo, aos 25min do primeiro tempo (Atlético-PR); Téo Gutiérrez, aos 12min do segundo tempo (Junior)